Fenprof avança com manifestação ou greves se ministério continuar sem respostas

Federação Nacional de Professores quer que ministro se reúna com sindicatos até ao final de Maio. Ministério agendou encontro para 6 de Junho.

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"Há momentos e tempos a partir dos quais a paciência se esgota", disse Nogueira Sergio Azenha (colaborador)

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) vai avançar com uma manifestação nacional ou uma greve em Junho, caso o Ministério da Educação continue sem apresentar respostas a reivindicações dos professores, informou nesta sexta-feira o secretário-geral da federação, Mário Nogueira. A Fenprof já entregou um pré-aviso de greve dos professores do ensino artístico especializado, que está marcada para 7 de Junho, mas admite agora alargar o âmbito da paralisação.

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A Federação Nacional de Professores (Fenprof) vai avançar com uma manifestação nacional ou uma greve em Junho, caso o Ministério da Educação continue sem apresentar respostas a reivindicações dos professores, informou nesta sexta-feira o secretário-geral da federação, Mário Nogueira. A Fenprof já entregou um pré-aviso de greve dos professores do ensino artístico especializado, que está marcada para 7 de Junho, mas admite agora alargar o âmbito da paralisação.

"Apela-se ao Ministério da Educação e ao Governo a antecipação da reunião prevista para 6 de Junho. Antecipação essa que deverá levar a que a reunião se realize até 31 de Maio, ou seja até à véspera das decisões da Fenprof relativamente à posição e à luta a desenvolver", afirmou Mário Nogueira.

Caso não haja "respostas ou sendo insatisfatórias, o que está em cima da mesa será a realização de uma grande manifestação de professores ou, em alternativa ou até cumulativamente, de greve ou greves durante o mês de Junho", realçou.

O apelo da Federação Nacional dos Professores surge depois de a Fenprof ter solicitado ao ministério o agendamento de uma reunião até esta sexta-feira, com vista à "negociação e obtenção de respostas concretas e inequívocas" sobre questões relacionadas com carreiras, aposentação, horários de trabalho, combate à precariedade e gestão das escolas, elucidou o dirigente sindical, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa em Coimbra.

"O ministro da Educação limitou-se a agendar uma reunião para o dia 6 de Junho, argumentando indisponibilidade de agenda para reunir antes", referiu Mário Nogueira, sublinhando que, face à ausência de uma reunião até esta sexta-feira, os sindicatos que integram a Fenprof vão reunir a 29 e 30 de Maio.

As posições dos seus órgãos serão transmitidas ao secretariado nacional da Fenprof, que reúne a 31 de Maio e 1 de Junho, altura em que "serão decididas as formas de luta a desenvolver ainda este ano lectivo, designadamente no próximo mês de Junho [altura em que começam as reuniões de avaliação e os exames], caso o ministro da Educação não assuma o compromisso que lhe é proposto".

"Há momentos e tempos a partir dos quais a paciência se esgota", sublinhou Mário Nogueira, considerando que há necessidade de dar resposta "a problemas que o ministério sabe que são muito sentidos pelos professores".

Segundo o dirigente sindical, a postura da Fenprof não é um "ultimato", mas considera que há problemas que "têm de ter uma resposta".

Mário Nogueira realçou que as questões que são exigidas pelo sindicato foram colocadas a 25 de Novembro de 2016, sendo que a Fenprof pede "um compromisso". "Não é exigido que esteja tudo resolvido no dia a seguir às reuniões. Estamos disponíveis para um compromisso para a legislatura", disse.