Banqueiros querem baixar custos com venda do Novo Banco
Para limitar o risco de serem chamados a financiar, os bancos querem activos problemáticos numa unidade autónoma, avança o Jornal Económico. Banco de Portugal está receptivo à proposta.
Os bancos querem baixar os custos de venda do Novo Banco e para isso tencionam alterar o mecanismo de partilha de risco acordado na venda da instituição. O Jornal Económico desta sexta-feira escreve que os bancos pedem que os activos problemáticos sejam autonomizados numa unidade à parte.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os bancos querem baixar os custos de venda do Novo Banco e para isso tencionam alterar o mecanismo de partilha de risco acordado na venda da instituição. O Jornal Económico desta sexta-feira escreve que os bancos pedem que os activos problemáticos sejam autonomizados numa unidade à parte.
O pedido foi feito através de uma carta ao Banco de Portugal assinada pela Associação Portuguesas de Bancos (APB). No documento, a autoridade de resolução sugere alterações às condições que os bancos são chamados a recapitalizar o Novo Banco, através do mecanismo de capitalização contingente. A carta sublinha a distorção da concorrência e entre as sugestões estão a autonomização dos activos localizados no sidebank.
Sugerem ainda que os obrigacionistas do Novo Banco aceitem perder mais de 500 milhões de euros. Ou seja, que a almofada de capital gerada pela operação de troca de obrigações seja superior a 500 milhões de euros.
Avança o mesmo jornal que o Banco de Portugal está disponível para aceitar a primeira sugestão, mas sobre a segunda não existem certezas, uma vez que “não tomará decisões que dificultem a atratibilidade da operação para os obrigacionistas do Novo Banco”, lê-se.