Vive e Deixa Morrer (1973)
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Vive e Deixa Morrer (1973)
Foi o primeiro Bond com Roger Moore. Teve Paul McCartney a cantar o tema de abertura, feitiçaria, a primeira Bond Girl negra e nenhum mau com ideias megalómanas de conquistar o mundo (era um narcotraficante). Um sacerdote de vudu (Baron Samedi) é um dos vários vilões no caminho de Bond, mas não o mais marcante. Nesta cena, Bond deixa-se apanhar por um vilão maneta que gosta de alimentar crocodilos e começa por aprender as diferenças entre jacarés e crocodilos e fica a conhecer Albert, o crocodilo que come tudo (e que comeu o braço do vilão). Palavra puxa palavra, Bond vê-se no meio de um pântano rodeado de... crocodilos. Como sempre, o vilão confia demasiado no esquema que montou para matar 007 e vai-se embora. Por acaso, meia-dúzia de répteis alinham-se na perfeição e oferecem uma ponte para Bond atravessar até à margem, praticamente sem molhar os sapatos.
Agente Irresistível (1977)
Roger Moore foi o mais “british” de todos os 007. Agente Irresistível começa com Bond a abandonar o conforto num chalé alpino na companhia de uma bela mulher (que, na verdade, era dos “maus”) porque Inglaterra precisava dele. Segue-se uma perseguição pela neve e Bond atira-se de uma montanha de pára-quedas com o padrão da bandeira britânica. É aqui que tem o primeiro encontro com Jaws (o grandalhão dos dentes de aço), que o vai continuar a perseguir até ao filme seguinte (Aventura no Espaço, 1979). Para além da cena inicial, a outra grande perseguição tem Bond a conduzir um Lotus, com uma Bond Girl ao lado, e um helicóptero a tentar acertar-lhe. Bond entra pela água, o Lotus transforma-se num submarino e, enquanto está submerso, lança um torpedo para abater o inimigo.
Aventura no Espaço (1979)
Terceira missão de Moore, primeira aventura espacial de 007. Depois de lutar contra Jaws e frustrar os planos de eugenia racial de um milionário louco, Bond vê-se sozinho numa nave espacial com a doutora Holly Goodhead (mais um digno representante dos nomes marotos das Bond Girls, como Pussy Galore, Octopussy, Plenty O’Toole, Xenia Onatopp, etc.) a fazer órbitas à Terra antes de regressar. Milagre da tecnologia, há uma câmara da nave que transmite tudo para o centro de controlo da missão e os chefes da espionagem (tal como o Palácio de Buckingham e a Casa Branca) vêem Bond enrolado com a doutora Holly Goodhead em gravidade zero. “Meu Deus, o que é que o Bond está a fazer?”, alguém pergunta. Responde Q, o engenhocas: “Acho que está a tentar a reentrada.” Subtil, não?
Alvo em Movimento (1985)
Foi a última missão de Roger Moore como 007, quase a chegar aos 60. Mas ainda deu para a cena introdutória em snowboard ao som dos Beach Boys. Depois, é um desfile dos anos 1980, com os Duran Duran no genérico, Christopher Walken a ser Christopher Walken e Grace Jones a fazer de Bond Girl. Dos muitos momentos típicos Bond em Alvo em Movimento fica este: Bond persegue a Mayday de Grace Jones na Torre Eiffel, esta salta de pára-quedas, Bond entra num táxi parisiense e diz “siga aquele pára-quedas”. O taxista não vai na conversa, Bond rouba-lhe o táxi e mete-se numa perseguição pelas ruas de Paris, acabando em duas rodas e sem tejadilho. E cai em cima de um bolo de noiva no meio do Sena. Querem mais Bond que isto?