Centeno reabre a porta da presidência do Eurogrupo
O ministro das Finanças diz que as políticas em Portugal têm de continuar, mas "não necessariamente" nas suas mãos. Desta vez foi Centeno a reabrir o debate em torno de uma possível ida para presidente do Eurogrupo.
Primeiro ri-se e diz que as políticas que se discutem no Eurogrupo "são muito importantes" e que o país está "muito preocupado" com o que é defendido no grupo dos 19 ministro das Finanças. Depois, quando a pergunta é se ainda tem trabalho para fazer em Portugal, Centeno deixa entreaberta a possibilidade de não ficar por cá muito tempo: "Sim, os assuntos em Portugal são para manter em boas mãos, não necessariamente nas minhas. Temos muitas coisas para fazer lá", disse visivelmente bem-disposto.
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Primeiro ri-se e diz que as políticas que se discutem no Eurogrupo "são muito importantes" e que o país está "muito preocupado" com o que é defendido no grupo dos 19 ministro das Finanças. Depois, quando a pergunta é se ainda tem trabalho para fazer em Portugal, Centeno deixa entreaberta a possibilidade de não ficar por cá muito tempo: "Sim, os assuntos em Portugal são para manter em boas mãos, não necessariamente nas minhas. Temos muitas coisas para fazer lá", disse visivelmente bem-disposto.
Mário Centeno tem insistido na ideia que Portugal pode dar o exemplo aos restantes países da União Europeia e, em entrevista à CNBC, frisa que a agenda do Eurogrupo é importante sobretudo no que toca à visão das políticas públicas para "enfrentar os grandes problemas que existem" na Europa.
Não foi, aliás, a primeira vez nesta segunda-feira que Centeno falou mais de políticas públicas europeias do que nacionais. Nas declarações que fez aos jornalistas depois de conhecida a decisão da Comissão Europeia de recomendar ao Conselho a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo, Centeno espraiou-se em mostrar o compromisso de Portugal com as políticas que a Europa deve seguir. Disse o ministro das Finanças que as medidas que Portugal seguiu "estavam certas e era possível fazer mais e melhor". "Esse compromisso reflecte-se nas políticas que a Europa deve seguir. Portugal participará activamente nessa construção, para que o bem-estar chegue aos cidadãos."
O nome de Centeno chegou a ser avançado para substituir o holandês Jeroen Dijsselbloem, que perdeu as eleições no seu país e que dificilmente integrará o novo executivo de coligação holandês. E se numa primeira fase, depois de uma notícia do Expresso no final de Março, a ideia não pareceu agradar a António Costa, agora é ressuscitada pelo próprio ministro das Finanças.
Na entrevista à CNBC Centeno ainda brincou com a ideia de que a comida de Lisboa é melhor do que a de Bruxelas, acrescentando que não iria perder na mesma as iguarias da capital portuguesa. Agora, a decisão fica nas mãos dos restantes membros do Eurogrupo.