Um luso-venezuelano morto e outros três detidos na Venezuela

Pelo menos 48 pessoas já morreram em manifestações contra e a favor do Presidente Nicolás Maduro desde 1 de Abril.

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As manifestações a favor e contra o Presidente intensificaram-se desde o dia 1 de Abril (na foto protesto de quarta-feira, em Caracas, contra Nicolás Maduro) REUTERS/Marco Bello

Um português foi morto na passada terça-feira e outros três foram detidos nos protestos que ocorreram ao longo dos últimos dias na Venezuela. “A informação [sobre as detenções] foi confirmada na noite de sexta-feira para a manhã de sábado”, confirmou ao PÚBLICO o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.

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Um português foi morto na passada terça-feira e outros três foram detidos nos protestos que ocorreram ao longo dos últimos dias na Venezuela. “A informação [sobre as detenções] foi confirmada na noite de sexta-feira para a manhã de sábado”, confirmou ao PÚBLICO o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.

O luso-venezuelano, de 31 anos, morreu num protesto que ocorreu em San António de los Altos, a cerca de 30 quilómetros de Caracas. Foi atingido no peito por uma bala de borracha que terá sido disparado pelas forças de segurança. Ainda foi transportado para uma unidade de saúde. Morreu na sala de operações. 

Ao longo da semana, pelo menos outros três luso-venezuelanos terão sido detidos nas manifestações contra o Governo liderado por Nicolás Maduro. “Não são emigrantes”, esclareceu José Luís Carneiro. São cidadãos nascidos na Venezuela que, em virtude da sua ascendência, adquiriram nacionalidade portuguesa.

Não mantêm uma forte ligação com o país de origem, disse ainda José Luís Carneiro. "Não visitam Portugal com regularidade." O secretário de Estado das Comunidades não adiantou mais dados sobre os três detidos. “A família pediu-nos que não os identificássemos”, sustentou. 

Há uma certa indecisão entre dar alguma visibilidade internacional a este género de casos, identificando os detidos e prestando declarações, e não fazer alarido, protegendo a sua identidade e mantendo o silêncio. As famílias temem as consequências que possam vir a haver para os envolvidos.

As manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde o dia 1 de Abril. Pelo menos 48 pessoas já morreram.