Há Baixa começa a ganhar forma com ocupação de largos de Coimbra

Iniciativa de estudantes de Arquitectura da Universidade de Coimbra que pretende ajudar na reabilitação da Baixa da cidade vai na segunda edição.

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Os estudantes abriram concurso para ocupar três largos da Baixa Nelson Garrido

Uma esplanada, um pequeno anfiteatro ao ar livre e uma zona de leitura com espaços expositivos constituem os primeiros passos da iniciativa Há Baixa deste ano, dinamizada por um colectivo de estudantes do Departamento de Arquitectura (DArq) da Universidade de Coimbra (UC).

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Uma esplanada, um pequeno anfiteatro ao ar livre e uma zona de leitura com espaços expositivos constituem os primeiros passos da iniciativa Há Baixa deste ano, dinamizada por um colectivo de estudantes do Departamento de Arquitectura (DArq) da Universidade de Coimbra (UC).

Para a segunda edição do Há Baixa, os estudantes introduziram algumas mudanças na organização. Se no ano passado o colectivo construiu o Palco do Romal – uma estrutura efémera e polivalente que seria instalada no largo com o mesmo nome – para a segunda edição os estudantes abriram um concurso para ocupar três largos da Baixa: Fornalhinha, Paço do Conde e Adro de Baixo.

O projecto vencedor foi o de três estudantes do mestrado em arquitectura, Ana Inês Fonseca, Décio Teixeira e João Casqueiro, cuja proposta é instalar uma estrutura efémera em cada espaço. A esplanada, o anfiteatro e a zona de leitura vão ter nas paletes o principal material de construção, explica João Peralta, da organização do Há Baixa ao PÚBLICO. Primeiro as estruturas são montadas no claustro do Departamento de Arquitectura e depois transferidas para os largos, onde são instaladas. As estruturas estarão prontas a partir do dia 17 de Junho, quando arranca o Sons da Cidade.

Os três autores do projecto vencedor, citados num comunicado da UC, referem que a opção pelas paletes ”permite construir o máximo possível a um custo reduzido”. Os estudantes referem ainda que as três soluções que propõem “são muito flexíveis e podem ser transformadas para outras iniciativas que os residentes promovam”.

As dez propostas ao concurso “Estrutura Efémera – Ideias e práticas” foram avaliadas pelo júri composto por sete elementos, refere Carlos Fraga, elemento do colectivo. Do júri fizeram parte o director do DArq Jorge Figueira e o docente Carlos Antunes, a vice-reitora para a Cultura Clara Almeida Santos, José Miguel Pereira e Catarina Pires do Jazz ao Centro, Fátima Lourenço do Núcleo dos Arquitectos da Região de Coimbra e Vítor Marques, da Associação para a Promoção da Baixa de Coimbra.

Em Março, no lançamento desta edição do Há Baixa, Carlos Fraga explicava que este concurso permitia “pensar em novas oportunidades para a promoção e vivência do espaço público”.

Para além da construção do palco do Romal, a primeira edição do Há Baixa reabilitou dois espaços comerciais, uma habitação e o jardim de uma cantina social. Este ano, os estudantes querem recuperar duas habitações e a Casa Medieval.