Viajantes que queiram vacina da hepatite A já não precisam de validação da DGS
Em Portugal têm sido administradas vacinas a um ritmo médio de 48 por dia.
Os viajantes que pretendam levar a vacina da hepatite A deixaram de precisar de submeter o pedido à Direcção-Geral da Saúde (DGS), bastando ter a prescrição do médico.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os viajantes que pretendam levar a vacina da hepatite A deixaram de precisar de submeter o pedido à Direcção-Geral da Saúde (DGS), bastando ter a prescrição do médico.
Uma actualização da norma sobre a hepatite A indica que "os viajantes com prescrição médica para a vacina da hepatite A poderão, a partir de agora, ser vacinados sem necessidade de validação pela Direcção-Geral da Saúde".
Em Abril, com o país em pleno surto de hepatite A, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excepcional, devendo o médico prescritor da vacina contactar previamente a autoridade de saúde.
Esta medida prendeu-se, na altura, com uma necessidade de controlar o stock de vacinas, de modo que a chegassem aos grupos prioritários, como contactos íntimos ou familiares de infectados e homens que têm sexo com homens de forma desprotegida.
No que respeita a estes grupos prioritários continua a não ser necessária qualquer validação da vacina por parte da DGS, sendo a imunização gratuita, a cargo do Serviço Nacional de Saúde.
A própria DGS já admitiu que a procura de vacinas não foi de princípio a que se desejava, tendo até sido constituída uma unidade móvel para ir ao encontro das populações de risco potencial.
Segundo um balanço do início deste mês, têm sido administradas vacinas a um ritmo médio de 48 por dia, sendo que 97% foram dadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, aquela que concentra maior número de casos da doença.
A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infecção não provoca cronicidade e dá imunidade para o resto da vida.