Campanha de Trump e funcionários russos tiveram pelo menos 18 contactos
A informação é avançada nesta quinta-feira pela agência de notícias Reuters, citando “actuais e antigos funcionários norte-americanos conhecedores desses contactos” ouvidos pela própria agência.
Michael Flynn e outros conselheiros ou membros da campanha presidencial de Donald Trump estiveram em contacto com funcionários, bem como com outras pessoas com ligações ao Kremlin em pelo menos 18 momentos durante os últimos sete meses da corrida eleitoral que culminou com a vitória do candidato republicano, em Novembro de 2016.
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Michael Flynn e outros conselheiros ou membros da campanha presidencial de Donald Trump estiveram em contacto com funcionários, bem como com outras pessoas com ligações ao Kremlin em pelo menos 18 momentos durante os últimos sete meses da corrida eleitoral que culminou com a vitória do candidato republicano, em Novembro de 2016.
A informação é avançada nesta quinta-feira pela agência de notícias Reuters, citando “actuais e antigos funcionários norte-americanos conhecedores desses contactos” ouvidos pela própria agência.
A informação sobre estes contactos constam dos registos que estão na posse e sob análise do FBI e dos investigadores nomeados pelo congresso para averiguar o caso das supostas interferências russas nas eleições – confirmadas pelas agências de informações dos EUA e negadas pelo Presidente norte-americano.
Seis destes contactos cuja existência ainda não tinham sido revelada, são chamadas telefónicas entre Sergei Kislyak, embaixador russo nos EUA, e membros da campanha de Trump, incluindo Flynn (principal conselheiro para as questões da segurança). A Reuters diz que obteve esta informação junto de três actuais e antigos funcionários.
As conversas entre o principal conselheiro de Trump e o embaixador russo “aceleraram”, diz a Reuters, depois do sufrágio de 8 de Novembro de 2016. Os dois terão acertado a criação de um canal de comunicação, um segundo canal de apoio, entre Trump e Putin, que pudesse ligar ambos à margem da “burocracia da segurança nacional” – “que ambos consideravam adversa à melhoria das relações”, segundo quatro fontes contactadas pela Reuters.
Inicialmente, em Janeiro de 2017, a Administração Trump desmentiu a existência de quaisquer contactos com funcionários russos durante a campanha. Mais tarde, e até agora, a Casa Branca e ex-membros da campanha de Trump vieram a público admitir quatro contactos entre o embaixador e a campanha do multimilionário de Nova Iorque.
As fontes que descreveram estes contactos à Reuters disseram que não viram indícios ou provas de qualquer comportamento violador das normas ou de conluio entre a campanha de Trump e a Rússia, pelo menos no que diz respeito às comunicações já verificadas até agora.
A Casa Branca recusou tecer comentários sobre estes factos. Segundo a Reuters, os 18 contactos decorreram entre Abril e Novembro de 2016, numa altura em que segundo as "secretas" dos EUA terá havido hackers ao serviço da Rússia a promoverem uma campanha para desacreditarem a credibilidade da candidata democrata, Hillary Clinton.