Professores penduram bengalas para exigir regime especial de aposentações
Protesto decorreu junto ao Ministério da Educação.
Dezenas de professores penduraram, nesta quarta-feira, bengalas nas árvores em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, onde entregaram cerca de 12.000 postais a exigir um regime especial de aposentação ao fim de 36 anos de serviço, sem penalização. "Queremos a aposentação muito antes do caixão!", voltaram a gritar os docentes concentrados na Avenida 5 de Outubro, numa iniciativa promovida pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
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Dezenas de professores penduraram, nesta quarta-feira, bengalas nas árvores em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, onde entregaram cerca de 12.000 postais a exigir um regime especial de aposentação ao fim de 36 anos de serviço, sem penalização. "Queremos a aposentação muito antes do caixão!", voltaram a gritar os docentes concentrados na Avenida 5 de Outubro, numa iniciativa promovida pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Dirigentes e delegados sindicais defenderam que a medida permitiria dar emprego aos docentes mais jovens e proporcionar um fim de carreira digno aos mais velhos. "Os alunos também merecem ter professores mais novos", disse aos jornalistas, no local, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
Os sindicatos da Fenprof cumprem nesta quarta-feira uma jornada de luta que os levará durante a tarde à Assembleia da República, onde assistirão à discussão de uma petição promovida pela estrutura sindical que recolheu mais de 20.000 assinaturas em defesa de melhores condições de trabalho e aposentação.
"Sem educação, a 'geringonça' funciona a carvão", lia-se num cartaz envergado por um professor na concentração frente ao ministério, onde foi instalado um marco de correio para assinalar a entrega dos postais.
A realização de uma greve em Junho, durante a época de exames, continua a ser admitida pela Fenprof, caso não haja resposta da tutela aos pedidos de negociação desta e de outras matérias. Segundo Mário Nogueira, está nas mãos do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, evitar uma greve neste "período sensível". "A nossa abertura é completa [para negociar], mas do outro lado só tem havido silêncio", lamentou.
A Fenprof, tal como outras estruturas sindicais, tem insistido na necessidade de descongelamento das carreiras em Janeiro e de serem realizados novos concursos de vinculação aos quadros para professores contratados.