Centro Nacional de Cibersegurança desactivou estado de alerta em Portugal

O ciberataque internacional que esteve em curso desde sexta-feira não afectou a administração pública portuguesa.

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LUSA/SEDAT SUNA

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) desactivou o estado de alerta três dias depois do ciberataque que não chegou a atingiu qualquer organismo da administração pública.

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O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) desactivou o estado de alerta três dias depois do ciberataque que não chegou a atingiu qualquer organismo da administração pública.

Em declarações à Lusa, Pedro Veiga, coordenador CNCS, disse que "numa avaliação preliminar dentro da administração pública, os mecanismos estavam preparados".

O responsável adiantou que o centro pediu relatórios com descrições mais pormenorizadas a todos os organismos da administração pública, desde ministérios, universidades, a direcções-gerais, entre outros.

Pedro Veiga explicou também que o Centro Nacional de Cibersegurança distribuiu ao Ministério da Modernização Administrativa recomendações sobre os cuidados a ter na abertura de correio electrónico.

"Porém, houve alguns ministérios que, de modo próprio, decidiram restringir a utilização de mails", disse Pedro veiga, frisando, contudo, que não se tratou de nenhuma orientação transmitida pelo centro.

O coordenador do centro ressalvou que o ciberataque mundial ocorreu numa sexta-feira, na qual o Governo decretou tolerância de ponto para a função pública devido à visita do papa a Fátima, o que poderá ter evitado uma situação mais grave.

Funcionários dos serviços de informações dos Estados Unidos e especialistas do sector privado suspeitam que piratas informáticos de Pyongyang estão por detrás do ciberataque mundial que afectou cerca de 300 mil computadores.

O vírus 'WannaCry' propaga-se aproveitando uma vulnerabilidade do sistema operativo da Microsoft, detectada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, cujos dados foram roubados em Abril por piratas informáticos.

O vírus limita ou impede aos utilizadores o acesso ao computador ou a ficheiros, exigindo ao proprietário um pagamento em troca de um código para resolver o problema.

O ataque afectou mais de 300.000 computadores em 150 países e foi de "um nível sem precedentes", admitiu a Europol.