“Nem eles percebiam o que estavam a cantar”: as frases desconcertantes de Salvador Sobral
O vencedor da Eurovisão que nunca tinha visto o festival conquistou a Europa por se expressar sem artifícios. Mas essa não é uma característica reservada ao palco.
Original e transparente, quer na música quer na sua personalidade, o vencedor da Eurovisão deixou a sua marca não apenas no concurso mas também nas conferências de imprensa e entrevistas que deu nos últimos meses. Salvador Sobral não esconde a sua frontalidade. Uma honestidade desconcertante, criticam uns. Uma genuinidade temperada com ironia (e lufada de ar fresco) que fazia falta, atiram outros. Recorde algumas das suas afirmações.
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Original e transparente, quer na música quer na sua personalidade, o vencedor da Eurovisão deixou a sua marca não apenas no concurso mas também nas conferências de imprensa e entrevistas que deu nos últimos meses. Salvador Sobral não esconde a sua frontalidade. Uma honestidade desconcertante, criticam uns. Uma genuinidade temperada com ironia (e lufada de ar fresco) que fazia falta, atiram outros. Recorde algumas das suas afirmações.
Daqui a pouco tempo, as pessoas vão esquecer-se de mim. E ainda bem.
O prémio grande vai para casa dos nossos pais, e o pequenino para a RTP — eles obrigaram-nos.
Nem eles próprios percebiam [o que estavam a dizer] — sobre os músicos que cantaram em inglês.
Nós recebemos um prémio, antes desta coisa [o primeiro lugar da Eurovisão].
Quando comecei a cantar, para ganhar coragem, fumava. E houve uma altura em que pensei que só conseguia cantar bem “fumado”.
Só arranjo namoradas loucas. Ai, se agora alguma vê isto, é complicado.
Eu ainda não sei bem como vou lidar com isto que acabou de acontecer. Se calhar temos de cobrar um bocadinho mais pelos concertos.
Isto [Eurovisão] estava tudo comprado.
Acho que quando se faz Erasmus é obrigatório tomar drogas. Diz lá no contrato.
Vim a este programa [Alta Definição] para as pessoas gostarem de mim. É mais um processo da minha manipulação.
Um dia num concerto não se ouvia nada. As pessoas estavam superconcentradas a ouvir. Acabou a música, as pessoas aplaudem e não se ouvia nada — nem uma mosca. E eu disse: “Ainda bem que ninguém se peidou.”
Sim, porque toda a gente sabe que a Eurovisão dá imenso dinheiro. Oh God, só me enterro.
Isto é tudo efémero até aparecer outra coisa. Tipo um buraco no Eixo Norte-Sul.
A bissexualidade para mim parece-me superinteressante e curiosa por isso. Porque é um amor que nem sexo tem.
Eu não quero saber o que as pessoas estão ou não preparadas [para ouvir]. Eu estou preparado para as dizer.
As declarações de Salvador Sobral foram recolhidas dos programas Alta Definição (SIC), 5 para a Meia-Noite (RTP) e Festival da Eurovisão.