Projecto DeFlat em Amesterdão vence Prémio Europeu de Arquitectura Mies van der Rohe
Pela primeira vez o prémio principal foi atribuído a um projecto de renovação. Portugal estava fora da lista dos finalistas.
A renovação do complexo de edifícios de apartamentos DeFlat Kleiburg, em Amesterdão, pelos holandeses NL Architects e XVW architectuur, venceu o Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2017, foi esta sexta-feira anunciado.
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A renovação do complexo de edifícios de apartamentos DeFlat Kleiburg, em Amesterdão, pelos holandeses NL Architects e XVW architectuur, venceu o Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2017, foi esta sexta-feira anunciado.
De acordo com um comunicado da Fundação Mies van der Rohe, organizadora do galardão em conjunto com a Comissão Europeia, os estúdios em Bruxelas MSA e V+ foram galardoados com o Prémio Arquitectura Emergente pelo projecto Navez, de habitação social.
O prémio principal, no valor de 60 mil euros, instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, com sede em Barcelona, é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitectura.
Portugal ficou fora da lista de cinco projectos finalistas ao prémio, composta ainda pelo Ely Court, em Londres, por Alison Brooks Architects, o Kannikegården, em Ribe, na Dinamarca, pelo ateliê Lundgaard & Tranberg Architects, o Katyn Museum, em Varsóvia, pelo BBGK Architekci, e o Rivesaltes Memorial Museum, por Rudy Ricciotti.
O projecto DeFlat, em Amesterdão, foi premiado pela inovação na renovação daquele que é o maior complexo habitacional na Holanda, chamado Kleiburg, com 500 apartamentos, no que foi a primeira vez que o prémio principal foi atribuído a um projecto de renovação.
Portugal tinha chegado a uma fase de segunda selecção de 40 projectos, de 17 países, com quatro edifícios: Casa em Oeiras, do ateliê Pedro Domingos Arquitetos, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, pelo ateliê britânico AL_A - Amanda Levete, a Sede da EDP em Lisboa, pelo ateliê Aires Mateus, e o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, por Álvaro Siza Vieira.
No entanto, nenhum deles foi escolhido para figurar entre os cinco finalistas.
Globalmente, os seleccionados apresentaram propostas das áreas da habitação, cultura, escritórios, desporto, comércio, edifícios governamentais, transporte e tipologias urbanas.
O Prémio Mies van der Rohe é bienal e distingue projectos de arquitectura construídos nos dois anos que precedem a sua atribuição. Entrega igualmente um prémio de 20 mil euros a arquitectos no início de carreira.
Entre os vencedores em anos anteriores estão o centro de congressos Harpa, em Reykjavik, na Islândia (Peer Henning Larsen Architects
Teglgaard Jeppesen, Osbjørn Jacobsen, Studio Olafur Eliasson/Olafur Eliasson, Batteríid architects/Sigurður Einarsson ) e o Neues Museum (Novo Museu), em Berlim (David Chipperfield Architects/Julian Harrap).
O projecto do arquitecto português Álvaro Siza Vieira para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.
A cerimónia de entrega dos prémios Mies van der Rohe de Arquitectura 2017 vai decorrer a 26 de Maio, em Barcelona.