Medina participa no movimento político francês Amanhã

Autarca de Lisboa é o único português que subscreve o manifesto lançado pelos congéneres socialistas de Paris e Lille, ex-políticos, intelectuais e artistas na sequência das convulsões do PSF.

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Fernando Medina com António Costa, próximo de Anne Hidalgo Rui Gaudencio

Fernando Medina é o único português que subscreve o manifesto Amanhã, lançado esta quarta-feira na sequência das convulsões no Partido Socialista Francês e que dá o pontapé de saída para um “movimento de inovação” com o mesmo nome, que visa ajudar a construir “uma democracia europeia, ecológica e social” e se afirma aberto “a todos os humanistas que crêm na acção”.

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Fernando Medina é o único português que subscreve o manifesto Amanhã, lançado esta quarta-feira na sequência das convulsões no Partido Socialista Francês e que dá o pontapé de saída para um “movimento de inovação” com o mesmo nome, que visa ajudar a construir “uma democracia europeia, ecológica e social” e se afirma aberto “a todos os humanistas que crêm na acção”.

O presidente da Câmara de Lisboa é um dos 160 subscritores do texto publicado no Le Monde, ao lado dos autarcas socialistas de Paris e Lille, Anne Hidalgo e Martine Aubry, da ex-ministra da Justiça Christiane Taubira, entre outros políticos – alguns próximos do candidato socialista à presidência de França Benoit Hamon -, intelectuais e artistas maioritariamente franceses e de várias sensibilidades socialistas.

Em entrevista à AFP, Anne Hidalgo – também presidente da rede internacional Cidades 40 e próxima de António Costa - esclareceu que o movimento Dès Demain, nome de origem, "não é um partido, não é uma corrente", mas "um espaço comum, nacional, europeu e internacional para a discussão e promoção de soluções inventadas todos os dias nos nossos territórios" .
 
No texto, os subscritores identificam-se como “cidadãos politicamente empenhados” que “irão identificar, tanto local como globalmente, os principais desafios da humanidade”, para assegurar à França e à Europa “um futuro livre do desastre ambiental, da destruição social, da falência democrática e do abandono de valores republicanos ".
 
“Mais do que nunca, é hora de nos livrarmos dos velhos grilhões de ontem e dos debates políticos estritamente internos para criar um movimento, cujo papel será o de identificar soluções e sucessos locais, e trabalhar na sua aplicação em todos os níveis territoriais: local, nacional e europeu”. Um movimento que se afirma "aberto a todos os humanistas que ainda acreditam na acção, todos os democratas prontos para se comprometer com a justiça social, a todos os republicanos que amam e afirmam a sua divisa".