PCP e BE dizem que greve dos médicos visa melhorar SNS
“As reivindicações dos sindicatos são para valorizar o SNS e o trabalho médico”, declarou Miguel Tiago.
PCP e Bloco de Esquerda consideram que a greve dos médicos pode ser um passo para melhorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dizem que as conquistas dos profissionais são as conquistas dos utentes.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
PCP e Bloco de Esquerda consideram que a greve dos médicos pode ser um passo para melhorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dizem que as conquistas dos profissionais são as conquistas dos utentes.
Um deputado do PCP e outro do Bloco de Esquerda estiveram nesta quarta-feira no hospital de Santa Maria, Lisboa, onde o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) realizou um balanço da adesão à greve na manhã do primeiro dia de paralisação nacional convocada pelos dois sindicatos médicos.
O deputado comunista Miguel Tiago considerou que qualquer conquista que resultar desta greve de médicos é “uma conquista para os portugueses e para os utentes do SNS”.
“As reivindicações dos sindicatos são para valorizar o SNS e o trabalho médico”, declarou Miguel Tiago à agência Lusa.
Também o deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira quis solidarizar-se com os médicos em greve.
“O Bloco associa-se e todos os utentes devem estar com esta greve”, afirmou Moisés Ferreira à Lusa.
“Percebemos que a greve tem impacto [para os utentes], mas é uma greve feita para melhorar o SNS”, acrescentou.
Consultas e cirurgias programadas devem ser as mais afectadas nestes dois dias de greve, com os profissionais a cumprirem obrigatoriamente os serviços mínimos, que contemplam as urgências, quimioterapia e radioterapia ou transplantes.
A paralisação foi convocada pelos dois sindicatos médicos para hoje e quinta-feira e é a primeira destes profissionais de saúde que enfrenta o ministro Adalberto Campos Fernandes.
Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reivindicam um conjunto de 30 pontos e queixam-se de que o Governo tem empurrado as negociações ao longo de um ano, sem concretizações, e demonstrando falta de respeito pelos profissionais.
Limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em vez das actuais 200, imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e diminuição do número de utentes por médico de família são algumas das reivindicações sindicais.
Os sindicatos também querem a reposição do pagamento de 100% das horas extra, que recebem desde 2012 com um corte de 50%. Exigem a reversão do pagamento dos 50% com retroactividade a Janeiro deste ano.
O Ministério da Saúde tem dito que não negoceia sob pressão e considera-se empenhado no diálogo com os sindicatos médicos.