Marion Maréchal-Le Pen vai afastar-se da vida política
Dois dias depois da derrota do partido nas eleições presidenciais, a mais nova deputada de França anuncia que não se vai candidatar a um segundo mandato de deputada. A decisão foi tomada por “motivos pessoais e políticos”.
A deputada da Frente Nacional Marion Maréchal-Le Pen, deverá anunciar, nesta quarta-feira, que não pretende representar o partido nas legislativas de Junho. O jornal francês Le Dauphine Libéré noticiou nesta terça-feira que a sobrinha de Marine Le Pen – que perdeu contra Emmanuel Macron na segunda volta das eleições presidenciais francesas – se ausentará da vida política durante algum tempo por “motivos pessoais e políticos”, palavras da deputada eleita pelo terceiro distrito eleitoral de Vaucluse.
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A deputada da Frente Nacional Marion Maréchal-Le Pen, deverá anunciar, nesta quarta-feira, que não pretende representar o partido nas legislativas de Junho. O jornal francês Le Dauphine Libéré noticiou nesta terça-feira que a sobrinha de Marine Le Pen – que perdeu contra Emmanuel Macron na segunda volta das eleições presidenciais francesas – se ausentará da vida política durante algum tempo por “motivos pessoais e políticos”, palavras da deputada eleita pelo terceiro distrito eleitoral de Vaucluse.
Para além de não se candidatar às legislativas, Marion pretende ainda sair da presidência do grupo da Frente Nacional na região de PACA (Provença-Alpes-Côte d’Azur). Em Abril, durante a campanha presidencial de Marine Le Pen, a sua sobrinha já tinha confiado aos seus colaboradores – segundo o jornal francês Le Canard Enchaîné – que não fazia tenções de se candidatar a um segundo mandato e que queria abandonar a presidência do grupo.
Numa carta de duas páginas enviada nesta terça-feira ao jornal Le Dauphine Libéré, Marion Maréchal-Le Pen explica as razões pelas quais abandonará o seu papel na vida política francesa. Dedicar mais tempo à filha pequena é uma das principais razões que a leva a tomar a decisão, já que perdeu parte dos “seus preciosos primeiros anos”. Outro dos motivos é a vontade de experimentar uma actividade profissional fora da política.
A deputada refere ainda que sempre pertenceu ao mundo da política e não exclui a possibilidade de regressar: “Não renuncio permanentemente ao combate político”. “Tenho o amor do meu país cravado no coração e não poderia ficar indiferente ao sofrimento dos meus compatriotas”, escreve. A versão integral da carta de Marion será publicada na edição impressa do jornal francês desta quarta-feira.
Marion Maréchal-Le Pen – com uma ideologia radical muito semelhante à do seu avô, Jean-Marie Le Pen – era uma das possíveis sucessoras à liderança do partido Frente Nacional. Ainda que tentasse evitar conflitos com a sua tia dentro do partido, Marion chegou a discordar várias vezes de Marine Le Pen pelo seu afastamento da orientação política da Frente Nacional, considerando ainda que a influência interna do vice-presidente Florian Philippot era demasiado grande.