Guerra no Sudão do Sul já tirou a casa a dois milhões de crianças

A guerra civil no mais jovem país do mundo deixa ainda 100 mil pessoas à mercê da fome.

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Uma criança sul-sudanesa na fronteira com o Uganda, fotografada em Abril. Reuters/JAMES AKENA

A guerra civil no Sudão do Sul já gerou mais de dois milhões de crianças refugiadas, afirmam duas agências das Nações Unidas – a UNICEF e o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR).

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A guerra civil no Sudão do Sul já gerou mais de dois milhões de crianças refugiadas, afirmam duas agências das Nações Unidas – a UNICEF e o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR).

Cerca de 62% dos 1,8 milhões de refugiados sul-sudaneses no Uganda, Quénia, Etiópia e Sudão são crianças. Dentro do Sudão do Sul, há ainda mais de um milhão de crianças deslocadas.

“Nenhuma crise de refugiados me preocupa mais hoje em dia do que a do Sudão do Sul”, afirma a directora regional do ACNUR para África, Valentin Tapsoba, citado pela Al-Jazira. “É incrivelmente preocupante que as crianças refugiadas se estejam a tornar no rosto desta emergência”, acrescentou.

O Sudão do Sul encontra-se em guerra civil desde Dezembro de 2013, na sequência do conflito político entre o Presidente Salva Kiir e o seu antigo número dois, Riek Machar. Dezenas de milhares de pessoas morreram e 3,5 milhões tiveram de deixar as suas casas.

Há ainda 100 mil pessoas em risco de fome no mais jovem país do mundo, que se separou do Sudão em 2011.