Metro de Lisboa vai ter duas novas estações em 2021/2022: Estrela e Santos
Estações de Campo de Ourique e Amoreiras sem data por falta de financiamento.
A Metro de Lisboa garantiu nesta segunda-feira a ligação ao Cais do Sodré, via Estrela e Santos. Já a construção das estações de Campo de Ourique e Amoreiras não tem data, por falta de financiamento.
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A Metro de Lisboa garantiu nesta segunda-feira a ligação ao Cais do Sodré, via Estrela e Santos. Já a construção das estações de Campo de Ourique e Amoreiras não tem data, por falta de financiamento.
Assim, o que está já calendarizado no âmbito do plano de desenvolvimento operacional da rede é a extensão Rato-Cais do Sodré, com duas novas estações.
O plano prevê que a estação da Estrela fique localizada na Calçada com o mesmo nome, junto ao antigo Hospital Militar e em frente à Basílica da Estrela. A de Santos ficará junto ao edifício do Batalhão dos Sapadores de Lisboa, e na última fase da ligação ao Cais do Sodré, diz a empresa, "recorrer-se-á a construção a céu aberto" (isto, presume-se, até à fase de nova escavação para ligar à rede que agora se inicia no Cais do Sodré, no subsolo).
Os concursos daquelas empreitadas serão lançados no segundo semestre de 2018, e as obras deverão iniciar-se em 2019, prevendo-se a entrada em funcionamento em 2021 ou no início de 2022. O custo está estimado em 216 milhões de euros e conta com o apoio de fundos comunitários e empréstimos do Banco Europeu para o Investimento (BEI). A este valor acresce 50 milhões para aquisição de novas carruagens.
De acordo com o novo mapa apresentado pela empresa, a linha Amarela passará então a ter início em Telheiras e finalizar em Odivelas. Já a Linha Verde passará a ser circular e abrangendo estações como Cais do Sodré, Arroios, Picoas e Rato, além das duas novas estações anunciadas. Haverá ainda uma alteração na zona do Campo Grande, com a edificação de dois viadutos na ligação da linha amarela a Telheiras.
Ligação pedonal Rato-Amoreiras
O plano de desenvolvimento operacional da rede do Metro de Lisboa, que contou com a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, prevê ainda o prolongamento da linha vermelha de São Sebastião até Campo de Ourique, com a criação de mais duas estações: Amoreiras e Campo de Ourique. No entanto, estas duas extensões dependem da obtenção de financiamento, e apenas poderão avançar no âmbito do próximo quadro comunitário, ou seja, após 2020. O custo estimado é de 186,5 milhões de euros.
Para já, o Metro de Lisboa confirma ter desenvolvido o estudo de viabilidade para a ligação pedonal subterrânea da estação do Rato às Amoreiras, saindo na Rua João V (permitindo o acesso também a Campo de Ourique). O custo da ligação a esta zona, densamente povoada, está estimado em 15,6 milhões de euros e, de acordo com o ministro do Ambiente, a ideia é estar operacional na quadra natalícia do ano que vem, ou no início de 2019.
Sem contar com escadas rolantes, optando-se por tapetes, a ligação terá quase 300 metros, e "uma abertura superior para a entrada de luz natural", bem como uma escada de emergência a meio do troço. Ao mesmo tempo, este acesso acaba por ser feito a pensar no futuro, já que se situa próximo da futura estação de metro de Campo de Ourique.
Arroios fecha 18 meses
A rede do metro de Lisboa será também alvo de várias intervenções, como a ampliação do cais de Arroios. Esta estação irá estar fechada durante 18 meses, com início a 19 de Julho, de modo a que se façam obras para permitir a circulação de composições com seis carruagens. O investimento previsto é de sete milhões de euros. Depois, há ainda a remodelação do átrio norte do Areeiro (3,8 milhões), melhoria das acessibilidades na estação do Colégio Militar/Luz (2,7 milhões), "intervenções na superestrutura" da estação Olivais (2,2 milhões) e a "modernização" das escadas rolantes da Baixa-Chiado (500 mil euros).