Vídeoárbitro: consensual e contra o erro
A primeira utilização online do sistema será na final da Taça de Portugal a 28 de Maio entre Benfica e Vitória de Guimarães.
A partir da próxima época, todos os jogos da Liga NOS terão um instrumento para diminuir os erros de arbitragem e, espera-se, reduzir as queixas dos clubes. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou nesta quinta-feira a implementação do videoárbitro nos 306 jogos do principal escalão do futebol português, depois de ter feito testes offline em nove jogos durante a presente época (oito da Taça de Portugal e o da Supertaça). A nova tecnologia será utilizada pela primeira vez com efeitos práticos na final da Taça de Portugal, marcada para 28 de Maio próximo no Jamor entre Benfica e Vitória de Guimarães.
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A partir da próxima época, todos os jogos da Liga NOS terão um instrumento para diminuir os erros de arbitragem e, espera-se, reduzir as queixas dos clubes. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou nesta quinta-feira a implementação do videoárbitro nos 306 jogos do principal escalão do futebol português, depois de ter feito testes offline em nove jogos durante a presente época (oito da Taça de Portugal e o da Supertaça). A nova tecnologia será utilizada pela primeira vez com efeitos práticos na final da Taça de Portugal, marcada para 28 de Maio próximo no Jamor entre Benfica e Vitória de Guimarães.
A fase de testes offline era para se prolongar para a próxima época, mas a FPF acabou por antecipar a utilização da tecnologia para 2017-18, com a autorização do International Football Association Board (IFAB). “Como sabemos, a época 2017-18 ainda será de testes, uma vez que o vídeo-árbitro só será definitivo em 2018-19, mas o IFAB, em função da capacidade que cada federação demonstra, pode autorizar a sua utilização oficial. E já recebemos a indicação de que isso será possível no nosso caso”, explicou Fernando Gomes, presidente da FPF, que irá assegurar, neste primeiro ano, os custos da utilização da tecnologia, cerca de um milhão de euros.
A introdução do videoárbitro é uma das medidas previstas no programa de recandidatura de Fernando Gomes à presidência da FPF respeitantes ao sector da arbitragem e que tem agora a sua concretização. A divulgação dos relatórios é algo que está nos planos do líder federativo, mas essa medida ainda não tem data definida, mas vai avançar no presente mandato que se iniciou em 2016 e que termina em 2020. Na vertente disciplinar, a FPF pediu um parecer sobre o agravamento de penas para os dirigentes e irá apresentar as conclusões durante este mês.
Consenso com recados
Pelas primeiras reacções, a introdução do videoárbitro é consensual entre os clubes da primeira liga. Em comunicado, o clube “encarnado” manifestou “forte apoio, satisfação e regozijo” pela medida, mas deixou alguns recados a destinatários não nomeados. “As propostas de cimeiras sem qualquer efeito prático que se vislumbre são um desrespeito a todos os clubes e SAD que ao longo dos anos contribuíram para uma regulação mais eficaz e uma justiça mais forte. É chegado o momento de menos conversa e mais acção”, lê-se no comunicado do Benfica, que apela a uma intervenção do Governo “se forem inviabilizadas as medidas que visem o reforço das penalizações e o respeito pelas decisões jurisdicionais”.
Já Bruno de Carvalho publicou uma mensagem na rede social Facebook em que se congratulou pela contribuição da FPF “no sentido de contribuir para a defesa do espectáculo e para a verdade do futebol jogado dentro das quatro linhas”. “Ao fim de mais de quatro anos, em que tantas vezes me senti como que a pregar no deserto, eis que o tempo, esse grande conselheiro, me vai dando razão”, escreveu ainda o presidente do Sporting. Da parte do FC Porto, Nuno Espírito Santo manifestou a sua total concordância com a medida. “Pode ajudar à transparência e justiça desportiva ao longo dos jogos, isso é fundamental para que todos sejam analisados com um só parâmetro, a verdade”, reforçou o treinador.