Passos Coelho diz que não metia uma rolha na boca às instituições que o criticavam

Foto
Passos Coelho foi a Murça apresentar candidaturas autárquicas LUSA/PAULO NOVAIS

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que quando estava no Governo podia discordar do que as instituições diziam, mas não as ameaçava, manipulava ou lhes metia uma rolha na boca, ao contrário do actual Governo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que quando estava no Governo podia discordar do que as instituições diziam, mas não as ameaçava, manipulava ou lhes metia uma rolha na boca, ao contrário do actual Governo.

“Ficamos obviamente preocupados quando vemos que quando essas instituições não dizem o que é do agrado do Governo, quando não tecem elogios, quando não se convertem à maravilha dos resultados que são enunciados, quando chamam à atenção independentemente dos governos que estão para os problemas que existem, há uma grande diferença entre nós, quando nós estávamos no governo podíamos não concordar com o que as instituições diziam, mas não ameaçávamos, não manipulávamos ou lhes metíamos uma rolha na boca”, disse.

Perante as críticas, o que o Governo PS faz é recusar os novos nomes que são propostos para essas entidades e recusar tantas vezes até que essas proponham quem o Governo quer, frisou o líder social-democrata durante o seu discurso, na apresentação dos candidatos às eleições autárquicas de Murça, no distrito de Vila Real.

“É esta a Democracia praticada por quem está hoje no Governo, uma Democracia limitada e mais pobre e nós não queremos isso”, salientou.

Considerando que o país é hoje governado por quem diz uma coisa e faz outra, o ex-primeiro-ministro referiu a necessidade de continuar a existirem instituições independentes fortes que possam defender os cidadãos das arbitrariedades, das manipulações e das inverdades de quem lidera.