Bastaram 15 minutos para a UE aprovar mandato para as negociações do "Brexit"

Tusk defende que a unidade dos restantes 27 Estados-membros é uma condição essencial para um acordo com o Reino Unido.

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“Brexit” terá “inevitavelmente um custo para o Reino Unido”, avisou Hollande Olivier Hoslet/EPA

Tal como se esperava, os líderes dos restantes países da União Europeia, reunidos este sábado em Bruxelas para discutir a saída do Reino Unido, aprovaram por unanimidade as linhas de orientação para as negociações, que deverão começar em Junho.

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Tal como se esperava, os líderes dos restantes países da União Europeia, reunidos este sábado em Bruxelas para discutir a saída do Reino Unido, aprovaram por unanimidade as linhas de orientação para as negociações, que deverão começar em Junho.

Os 27 adoptaram “um mandato político firme e justo” para as negociações, escreveu o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk  na sua conta no Twitter. O voto foi anunciado 15 minutos apenas após o início da cimeira, que se realiza exactamente um mês depois de a primeira-ministra britânica, Theresa May, ter accionado o artigo 50 do Tratado de Lisboa, iniciando a contagem decrescente para a saída do país, em Março de 2019.

À entrada para a reunião, Tusk defendeu que a unidade é um imperativo para os Estados-membros durante o processo que levará à saída britânica. “Só assim seremos capazes de concluir as negociações, o que significa que a nossa unidade é também do interesse do Reino Unido”.

Tusk reafirmou que a UE deseja manter “uma relação forte” com aquele que é ainda o seu 28ª Estado-membro, mas insistiu uma vez mais que, “antes de discutir o futuro, é preciso resolver o passado”, numa referência aos termos da saída britânica que Bruxelas quer negociar antes de passar às discussões sobre um acordo de comércio ou a cooperação de segurança.

Mais duro, o Presidente francês, François Hollande, avisou que o “Brexit” terá “inevitavelmente um custo para o Reino Unido” e que, apesar do interesse mútuo num acordo que garanta uma saída ordenada dos britânicos, “a União Europeia saberá defender os seus interesses”.