Ministério do Ambiente diz que há 3700 edifícios onde é necessário retirar amianto
No total há 6000 edifícios públicos identificados como tendo amianto
O Ministério do Ambiente esclareceu nesta quinta-feira que, do total de 6000 edifícios públicos identificados como tendo amianto, somente 3700 apresentam condições que exigem a remoção da substância.
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O Ministério do Ambiente esclareceu nesta quinta-feira que, do total de 6000 edifícios públicos identificados como tendo amianto, somente 3700 apresentam condições que exigem a remoção da substância.
"Dos cerca de 6000 edifícios, onde foi identificada a presença de materiais contendo amianto, apenas cerca 3.700 apresentam necessidade de remoção de materiais", refere o ministério liderado por João Matos Fernandes, numa nota enviada à agência Lusa.
Os restantes edifícios "estão a ser monitorizados, não apresentam necessidade de qualquer intervenção ou já foram intervencionados", acrescenta.
A associação ambientalista Quercus estimou nesta quinta-feira ser necessário gastar pelo menos 750 milhões de euros para remover os materiais com amianto dos edifícios que poderão conter a substância e que refere serem cerca de seis mil.
Um comunicado da associação de defesa do ambiente avançava que "os 300 milhões de euros actualmente disponíveis [para aquela tarefa] apenas conseguirão assegurar a remoção das coberturas em fibrocimento".
Os materiais com amianto só se tornam perigosos se estiverem degradados, havendo o risco de a substância ser libertada para o ar.
Além das coberturas, é possível encontrar amianto em pavimentos, tectos falsos e revestimentos de condutas de edifícios.
A exposição dos seus ocupantes a este tipo de fibras poderá ter efeitos na saúde, tais como o desenvolvimento de doenças benignas (asbestose) ou malignas (cancro do pulmão, mesotelioma, laringe, ovários e gastrointestinal).
O amianto é uma fibra mineral natural, abundante na natureza, com boas propriedades físicas e químicas, como resistência mecânica às altas temperaturas, durabilidade, facilidade de ser trabalhada como um tecido, e com baixo custo, por isso, foi muito utilizada na construção até aos anos 90.