Cerca de mil trabalhadores não docentes manifestam-se por carreiras e contra municipalização
Sindicatos reclamam a integração por via excepcional, sem concurso, de cerca de 2000 funcionários.
Cerca de um milhar de trabalhadores não docentes partiu nesta sexta-feira da estação de Entrecampos, em Lisboa, em direcção ao Ministério da Educação para exigir uma carreira para os funcionários e contestar a municipalização da educação.
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Cerca de um milhar de trabalhadores não docentes partiu nesta sexta-feira da estação de Entrecampos, em Lisboa, em direcção ao Ministério da Educação para exigir uma carreira para os funcionários e contestar a municipalização da educação.
Os cerca de mil funcionários das escolas concentraram-se junto à estação de Entrecampos, em Lisboa, de onde partiram às 15h, para percorrerem cerca de 500 metros em direcção ao Ministério da Educação, na avenida 5 de Outubro, numa manifestação convocada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, afecto à CGTP-In.
“Emprego com Direitos sim, precariedade não”, “É preciso é urgente mais trabalhadores não docentes” e “Não e não à municipalização” eram algumas das palavras de ordem que os manifestantes entoavam a caminho do Ministério, empunhando faixas e bandeiras do sindicato.
Centenas de escolas de norte a sul do país estão encerradas hoje por causa do pré-aviso de greve emitido pelos sindicatos dos trabalhadores em funções públicas para permitir a participação na manifestação.
A estrutura sindical reclama a integração por via excepcional, sem concurso, de cerca de 2000 funcionários que reúnem as condições para a vinculação aos quadros do Estado, de acordo com a informação prestada à agência Lusa pelo coordenador para a área da educação, Artur Sequeira, na altura da apresentação da iniciativa, no início do mês.
No local da manifestação será depois aprovada uma resolução para entregar ao Ministério.
A federação queixa-se de falta de resposta do Ministério a um caderno reivindicativo que entregou em Fevereiro e que, além desta questão, inclui uma nova portaria de rácios que tenha em conta o tipo de escola e a localização e não apenas os números de alunos e de funcionários.
Os trabalhadores não docentes pretendem também negociar carreiras especiais e assegurar que não ficam na tutela das autarquias, ao abrigo de um processo de descentralização que contestam.