Rui Moreira volta a escolher Valente de Oliveira para mandatário

Universidade do Porto, Fundação de Serralves e Associação Empresarial de Portugal homenageiam antigo ministro de Cavaco Silva em Setembro

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Valente de Oliveira vai ser mandatário de Rui Moreira fvl Fernando Veludo/NFACTOS

O presidente do Conselho de Fundadores da Casa da Música e antigo ministro do Planeamento e Administração do Território, Luís Valente de Oliveira, vai ser mandatário da candidatura do independente Rui Moreira à Câmara do Porto.

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O presidente do Conselho de Fundadores da Casa da Música e antigo ministro do Planeamento e Administração do Território, Luís Valente de Oliveira, vai ser mandatário da candidatura do independente Rui Moreira à Câmara do Porto.

A informação foi confirmada ontem ao PÚBLICO pelo próprio presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que se recandidata a um segundo mandato com o apoio do PS e do CDS.

Esta é a segunda vez que o ex-presidente da Assembleia Municipal do Porto aceita ser mandatário de candidaturas autárquicas que não as do seu partido.

Questionado pelo PÚBLICO sobre se já tinha respondido ao convite do presidente da Câmara do Porto para ser seu mandatário, o ex-ministro do Planeamento e da Administração do Território dos governos de Cavaco Silva não quis adiantar quaisquer pormenores sobre o assunto. E também recusou responder se pretende desvincular-se do PSD para assumir responsabilidades como mandatário de Rui Moreira.

Considerado uma das mais prestigiadas personalidades da cidade, Valente de Oliveira completa este ano 80 anos e três das principais instituições da cidade a que esteve, e ainda está, ligado vão homenageá-lo em Setembro. A Universidade do Porto, a Fundação de Serralves e Associação Empresarial de Portugal são as três entidades que estão a organizar a homenagem ao político senador que mais cargos governativos exerceu.

Nunca curta conversa com o PÚBLICO, Valente de Oliveira revela que se opôs “o mais possível” à homenagem, mas não conseguiu demover os organizadores e, em tom de graça, atira que uma homenagem destas “só faz sentido aos 90 anos”. “Não gosto de ser homenageado. Não faço mais do que a minha obrigação”. Valente de Oliveira diz mesmo que, após a aposentação, o melhor que lhe aconteceu foi continuar a trabalhar. “Ficaria tristíssimo se ficasse em casa, apesar de gostar muito de ler”, revela.