Lisboa vai ser palco de exportação de música portuguesa em Junho
O MIL, Lisbon International Music Network, vai decorrer nos dias 1 e 2 de Junho, em vários espaços de Lisboa, terá debates e concertos de cerca de 50 artistas, a maioria portugueses.
Lisboa acolhe em Junho um festival que é também uma convenção internacional, que pretende dar mais visibilidade e promover a exportação da música portuguesa e lusófona, foi esta sexta-feira anunciado.
A iniciativa chama-se MIL — Lisbon International Music Network e vai decorrer nos dias 1 e 2 de Junho, em vários espaços de Lisboa, com debates e concertos de cerca de 50 artistas, a maioria portugueses.
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Lisboa acolhe em Junho um festival que é também uma convenção internacional, que pretende dar mais visibilidade e promover a exportação da música portuguesa e lusófona, foi esta sexta-feira anunciado.
A iniciativa chama-se MIL — Lisbon International Music Network e vai decorrer nos dias 1 e 2 de Junho, em vários espaços de Lisboa, com debates e concertos de cerca de 50 artistas, a maioria portugueses.
O MIL convidará agentes, promotores, jornalistas e editores estrangeiros a conhecerem a música que se faz em Portugal e no espaço lusófono, facilitando o contacto com músicos e agentes portugueses.
Entre os artistas que vão actuar no MIL estão os Sensible Soccers, os Capitão Fausto, Xinobi, os You Can't Win Charlie Brown, Mazgani, Da Chick, Selma Uamusse, os First Breath After Coma, os Cave Story, B Fachada, DJ Firmeza, Lavoisier e os Linda Martini.
"Este evento também surge porque há uma percepção, hoje em dia, dos artistas e dos seus managers, para a importância da internacionalização e para essa oportunidade", afirmou à agência Lusa o programador Gonçalo Riscado, um dos parceiros desta iniciativa.
O MIL é uma ideia do programador português Fernando Ladeira Marques, radicado em França e organizador em Paris do Mama Festival, um evento semelhante ao MIL, que decidiu desafiar a associação Cultural Trend Lisbon, que gere o Musicbox. "Percebi que em Portugal havia uma oferta cultural com potencial para exportação", afirmou Fernando Ladeira Marques esta sexta-feira, na apresentação do MIL em Lisboa.
À Lusa acrescentou: "É preciso primeiro criar um produto e ter 'profissionais profissionais'. Eu acho que o país está mais profissional, mas ainda não é um mercado adulto".
Apesar do potencial da música portuguesa, o programador reconhece que o mercado nacional é pequeno e que não é fácil fazer negócios. Mas existem vantagens, nomeadamente a língua portuguesa, que é comum a vários países, e o facto de Lisboa ser uma porta na Europa de acesso da lusofonia. É por isso que estão previstos alguns concertos de outras paragens, como os músicos brasileiros Momo e Luca Argel, o cabo-verdiano Cachupa Psicadélica e Diron Animal (Angola). Com a França como o país em foco, com a presença de agentes e jornalistas franceses, haverá ainda concertos de nomes como Adam Naas, The French Beat e Lawrence & The Hearts.
Gonçalo Riscado aplaude a presença de artistas portugueses noutros festivais ou iniciativas semelhantes, mas sublinhou que o MIL quer ser um facilitador de contactos: "Quando os agentes e os programadores estão nestes grandes festivais, não estão concentrados na música dos artistas portugueses, daí ter sido uma estratégia os países organizarem o seu festival aonde trazem os agentes e os programadores para verem no seu território os artistas desse país. Estão muito mais focados neles".
O MIL terá uma vertente só para profissionais, para facilitar esses contactos entre estrangeiros e portugueses, mas os concertos serão abertos ao público. As conferências, cujos participantes serão anunciados em Maio, decorrerão na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, na ETIC, na Pensão Amor e na Sala do Arquivo dos paços do concelho. Os concertos estão marcados para o Musicbox, Sabotage, Lounge, B. Leza, Tokyo e Roterdão.