Jovem que morreu não terá sido imunizada contra sarampo por ter feito alergia grave a outra vacina

Directora clínica do Hospital de Cascais diz que família informou unidade que não tinha vacinado contra sarampo a jovem que morreu por ter feito alergia grave a uma outra vacina, em criança.

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Marco Duarte

A jovem de 17 anos que morreu nesta madrugada não estaria vacinada contra o sarampo por ter tido uma "reacção alérgica grave" a outra vacina, desconhecida, em criança, disse ao PÚBLICO a directora clínica do Hospital de Cascais, Eduarda Reis. As informações clínicas foram recolhidas junto da família pelo Hospital de Cascais, onde a doente esteve internada antes de ter sido transferida para o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, por causa do agravamento do seu estado de saúde.

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A jovem de 17 anos que morreu nesta madrugada não estaria vacinada contra o sarampo por ter tido uma "reacção alérgica grave" a outra vacina, desconhecida, em criança, disse ao PÚBLICO a directora clínica do Hospital de Cascais, Eduarda Reis. As informações clínicas foram recolhidas junto da família pelo Hospital de Cascais, onde a doente esteve internada antes de ter sido transferida para o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, por causa do agravamento do seu estado de saúde.

Foi no Hospital de Cascais que a jovem terá sido contagiada por um bebé de 13 meses, que também não estava vacinado devido a um atraso por razões clínicas. As últimas informações são as de que a saúde do bebé estará estável.

A jovem esteve internada entre o dia 26 e 29 de Março no Hospital de Cascais, por “uma razão que não o sarampo” e que a directora clínica, Eduarda Reis, não quis especificar. Foi para casa e a 13 de Abril e voltou a dar entrada no Hospital de Cascais, com sinais de sarampo. Ficou internada “porque já era preocupante”, acrescentou a médica. “Não tolerava a alimentação, vomitava.”

Só no dia 15 de Abril chegaram os resultados das análises a confirmar o diagnóstico de sarampo. E foi transferida para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para ir para um quarto de isolamento especial. “Por agravamento da situação, 24 horas depois foi transferida para a Estefânia.”

Eduarda Reis garantiu que, quando saiu de Cascais, a jovem “não estava em risco de vida”, saiu por causa da necessidade de um isolamento especial. Mas a situação agravou-se.  

Nesta madrugada, de acordo a unidade hospitalar, a jovem morreu "na sequência de uma situação clínica infecciosa com pneumonia bilateral — sarampo". 

A jovem fazia parte de um grupo de seis doentes contaminados em Cascais, dois deles pediatras da unidade de saúde.  

A doença, que estava praticamente desaparecida em Portugal desde 1994 e cuja eliminação tinha sido reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Verão do ano passado, está agora a reaparecer. Só desde Janeiro foram identificados pela OMS mais de 500 casos de sarampo na Europa. Em Portugal há 21 casos confirmados.