Novo ensaio balístico, novo aviso dos EUA à Coreia do Norte
De visita à Coreia do Sul, o vice-presidente Mike Pence condenou a última "provocação" de Kim Jong-un.
À chegada à Coreia do Sul, onde hoje inicia um périplo asiático de dez dias, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, condenou a última "acção provocatória” do regime de Kim Jong-un, que durante a madrugada tentou – mas falhou – lançar um novo míssil. “Esta última provocação do Norte é mais um lembrete dos riscos que todos enfrentamos, todos os dias, na defesa da liberdade da Coreia do Sul e da América”, disse o vice-presidente, aos participantes do jantar de Páscoa na base militar de Yongsan, em Seul.
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À chegada à Coreia do Sul, onde hoje inicia um périplo asiático de dez dias, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, condenou a última "acção provocatória” do regime de Kim Jong-un, que durante a madrugada tentou – mas falhou – lançar um novo míssil. “Esta última provocação do Norte é mais um lembrete dos riscos que todos enfrentamos, todos os dias, na defesa da liberdade da Coreia do Sul e da América”, disse o vice-presidente, aos participantes do jantar de Páscoa na base militar de Yongsan, em Seul.
Nos Estados Unidos, o general que dirige o Conselho Nacional de Segurança, HR McMaster, foi mais longe e reafirmou que Washington está preparado para “agir imediatamente” em retaliação contra futuras acções “desestabilizadoras” do regime norte-coreano. “Esta situação não pode continuar”, afirmou, dizendo que os Estados Unidos estão a colaborar com os seus aliados na região (a Coreia do Sul e o Japão) e com a liderança da China, para tentar resolver a crise de forma pacífica.
No entanto, o general não afastou a possibilidade de uma resposta militar. Descrevendo o líder norte-coreano como “um homem imprevisível” que representa “uma ameaça a todas as pessoas da região e de todo o mundo”, McMaster disse que Kim Jong-un já deveria ter percebido que “é do seu interesse parar imediatamente com o desenvolvimento de arsenal nuclear e convencional, parar com estes ensaios balísticos, e desnuclearizar a península”.
As Forças Armadas da Coreia do Sul deram conta, no domingo de manhã, de uma tentativa falhada do vizinho do Norte, que ensaiou o lançamento de “um míssil não-identificado perto da região de Sinpo”, na costa Leste do país. “O míssil rebentou quase instantaneamente”, informou mais tarde o porta-voz do Exército norte-americano, Dave Benham, acrescentando que o Pentágono continuava a trabalhar para determinar exactamente a tipologia do míssil, que deveria ser de médio alcance.
Há um mês que a região está em suspenso, depois do lançamento de um míssil e uma série de outras movimentações militares na base que serve de apoio aos ensaios balísticos, e da promessa de Kim Jong-un de uma “acção espectacular” para assinalar o 105ª aniversário do seu avô Kim Il-sung, o fundador da dinastia norte-coreana.
A data foi assinalada com a tradicional parada militar em que o Exército da Coreia do Norte exibe todo o seu arsenal balístico – mísseis intercontinentais como o KN08 e o KN-14 – e outros que foram vistos pela primeira vez, como os Pukkuksong, que podem ser disparados de submarinos e são mais difíceis de detectar.
O jornal norte-americano The Wall Street Journal dizia que todas estas manobras eram uma prova da confiança do regime norte-coreano, em resposta aos avisos cada vez mais graves da Administração Trump. Altos dirigentes norte-coreanos têm repetido que Pyongyang está “preparada para reagir a qualquer tipo de guerra desejado pelos Estados Unidos”: “Se tentarem uma guerra total, responderemos com uma guerra total. Se começarem uma guerra nuclear, responderemos com o nosso estilo de ataques nucleares”, garantiu o número dois do regime, Choe Ryong-hae, que acusou Washington de ter criado uma “grave histeria militar” com a deslocação do seu porta-aviões USS Carl Vinson para a península da Coreia.