Benfica condena cânticos sobre adepto do Sporting morto com very-light

Jogo de andebol entre os "encarnados" e o Sporting ficou marcado por ofensas entre adeptos dos dois clubes.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

O Benfica emitiu esta segunda-feira um comunicado a repudiar e condenar os “lamentáveis e inqualificáveis cânticos” de “um grupo de adeptos” do clube que faziam referência à morte de um adepto do Sporting na final da Taça de Portugal de 1996 em futebol, atingido por um very-light.

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O Benfica emitiu esta segunda-feira um comunicado a repudiar e condenar os “lamentáveis e inqualificáveis cânticos” de “um grupo de adeptos” do clube que faziam referência à morte de um adepto do Sporting na final da Taça de Portugal de 1996 em futebol, atingido por um very-light.

O incidente deste fim-de-semana ocorreu durante um jogo de andebol entre os dois rivais lisboetas. Nas bancadas, alguns adeptos benfiquistas assobiaram a imitar o som de um very-light. “Foi no Jamor que o lagarto ardeu, na final da Taça o very-light é que o f***”, entoavam ao mesmo tempo. 

O projéctil tinha sido disparado durante a partida no Jamor, a 18 de Maio de 1996, por um elemento da claque benfiquista No Name Boys. O disparo acabou por provocar a morte do adepto sportinguista Rui Mendes, de 36 anos.

“São comportamentos inaceitáveis, que merecem uma pública condenação, tais como os insultuosos cânticos à memória de Eusébio que foram feitos pela claque de outro clube e que estamos certos nada tem a ver com a instituição Sporting Clube de Portugal”, lê-se na missiva.

Também no sábado, outro incidente semelhante registou-se num encontro de futsal entre "águias" e "leões". Nessa noite, o director de comunicação do Sporting, Nuno Saraiva, pediu a intervenção do Ministério Público.

Dias antes, tinha sido a vez do Benfica denunciar os cânticos da claque portista Super Dragões durante um jogo de andebol entre "azuis e brancos" e "encarnados". “Quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica”, cantaram os adeptos portistas numa referência ao acidente aéreo na Colômbia que vitimou grande parte da comitiva do clube brasileiro que seguia a bordo. O caso levou a uma tomada de posição imediata do FC Porto, que se distanciou dos cânticos, e um pedido de desculpa do presidente do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa, à Chapecoense.

No comunicado desta segunda-feira, o Benfica faz ainda apelo a uma “sã rivalidade” a poucos dias do derby entre o clube da Luz e o Sporting a contar para a I Liga.