Morreu Emma Morano, a última pessoa nascida antes de 1900
A italiana tinha 117 anos e era considerada a mulher mais velha do mundo.
Morreu Emma Morano que, com 117 anos, era considerada a mulher mais velha do mundo. Tinha nascido em Itália a 29 de Novembro de 1899 e era, por isso, a última pessoa que tinha nascido antes do ano 1900 — pelo menos, a última conhecida. Emma Morano morreu este sábado sentada num cadeirão na sua casa, na região italiana de Verbania, disse o seu médico à agência AP.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Morreu Emma Morano que, com 117 anos, era considerada a mulher mais velha do mundo. Tinha nascido em Itália a 29 de Novembro de 1899 e era, por isso, a última pessoa que tinha nascido antes do ano 1900 — pelo menos, a última conhecida. Emma Morano morreu este sábado sentada num cadeirão na sua casa, na região italiana de Verbania, disse o seu médico à agência AP.
"Ela teve uma vida extraordinária e vamos lembrar-nos sempre da sua força", declarou o presidente da câmara de Verbania, localidade do norte de Itália onde residia Emma Morano, citado pela imprensa italiana. Agora, pensa-se que seja a jamaicana Violet Brown – também com 117 anos mas nascida em 1900 – a tomar o lugar de mulher mais velha do mundo. Antes de Emma, a mulher mais velha do mundo era a norte-americana Susannah Mushatt Jones, que tinha mais uns meses do que a italiana, com 116 anos na altura.
A vida de Emma atravessou três séculos, duas guerras mundiais e mais de 90 governos italianos. Quando soprou as velas do seu 117.º aniversário, contou à Reuters que o segredo da sua longevidade era a sua alimentação: apenas dois ovos por dia. A italiana vivia sozinha – os seus oito irmãos (cinco irmãs e três irmãos) foram morrendo – e eram os amigos e vizinhos que lhe faziam companhia.
Emma já praticamente não ouvia e a sua visão também não era boa. As memórias que partilhava eram amargas. Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, em 2011, contou como depois de o noivo ter morrido na I Guerra Mundial se viu forçada a casar com um homem que não amava e que se revelou violento. Não foi um casamento feliz. Tiveram um filho em 1937 que acabaria por morrer aos seis meses de vida.
Notícia corrigida às 20h02: o título original dizia, erradamente, que Emma Morano era a última sobrevivente do século XIX (que inclui o ano 1900).