Não equacionar nacionalização do Novo Banco “é grave”, diz PCP
Partido vai apresentar esta semana um novo projecto de resolução para suspender a venda do Novo Banco.
O líder parlamentar do PCP considerou esta terça-feira que é “grave” que o Governo não tenha sequer equacionado a possibilidade de nacionalizar o Novo Banco quando estudou as diversas opções de solução para o futuro daquele banco.
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O líder parlamentar do PCP considerou esta terça-feira que é “grave” que o Governo não tenha sequer equacionado a possibilidade de nacionalizar o Novo Banco quando estudou as diversas opções de solução para o futuro daquele banco.
Questionado pelos jornalistas no encerramento das jornadas parlamentares do PCP, em Coimbra, sobre a revelação da comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, hoje, no PÚBLICO, de que nos seus contactos com a Comissão Europeia “Portugal nunca apresentou planos para nacionalizar a título permanente o Novo Banco”, João Oliveira disse que “se o Governo não apresentou sequer aquela possibilidade é grave; se não a equacionou, é igualmente grave”. Porque, argumentou, isso é “desconsiderar aquela que seria a melhor solução que servia o interesse nacional”, tanto para poupar novos custos aos contribuintes como para ter mais um banco a injectar dinheiro para desenvolver a economia.
O deputado aproveitou para contar que a bancada comunista vai apresentar ainda esta semana o projecto de resolução para “suspender o processo de venda e considerar as medidas necessárias à nacionalização do Novo Banco” que tinha anunciado na passada semana e pedir amanhã, em conferência de líderes, o seu agendamento urgente.
Questionado pelo PÚBLICO sobre se o Governo comunicara ao PCP as possibilidades que apresentou a Bruxelas e se nelas estava incluída a nacionalização, João Oliveira disse que o PCP também nunca perguntou isso e que apenas discutiram “critérios em relação à solução para o Novo Banco”. “O facto de o Governo excluir a hipótese de integrar o Novo Banco no sector público não é surpresa, mas não deixa de ser grave”, repetiu.