Num ano marcado pelas notícias falsas, os Pulitzer premiaram a transparência do jornalismo

Os conhecidos prémios distinguem o que de melhor se faz no jornalismo, na música e na literatura nos EUA.

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Foi premiada a transparência da cobertura das presidenciais norte-americanas Reuters/POOL

Num ano mediático dominado pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos, o vencedor da categoria de reportagem nacional foi o jornalista David A. Fahrenthold, do The Washington Post, pelo seu trabalho persistente que “criou um modelo de jornalismo transparente na cobertura da campanha política”. Ademais, foi igualmente elogiado o seu trabalho crítico em relação às promessas de Donald Trump de ajudar instituições de solidariedade. Este e outros vencedores da 101.ª edição dos prémios Pulitzer foram anunciados esta segunda-feira.

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Num ano mediático dominado pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos, o vencedor da categoria de reportagem nacional foi o jornalista David A. Fahrenthold, do The Washington Post, pelo seu trabalho persistente que “criou um modelo de jornalismo transparente na cobertura da campanha política”. Ademais, foi igualmente elogiado o seu trabalho crítico em relação às promessas de Donald Trump de ajudar instituições de solidariedade. Este e outros vencedores da 101.ª edição dos prémios Pulitzer foram anunciados esta segunda-feira.

Já na categoria de serviço público, os vencedores foram o New York Daily News e o ProPublica, por terem revelado “o abuso generalizado de ordens de despejo pela polícia”, sendo que os afectados são, na maioria, minorias a viver na pobreza. Os outros dois finalistas para esta categoria eram o Chicago Tribune (reportagens sobre práticas pouco seguras em farmácias) e o Houston Chronicle (reportagens sobre a educação no estado do Texas).

A administração dos prémios Pulitzer criados em 1917 – é composta por 19 membros, entre os quais antigos vencedores e outros jornalistas e académicos de prestígio. A decisão sobre os vencedores é tomada com a ajuda de mais de cem jurados. 

Só durante o último ano foram submetidas mais de 2500 candidaturas aos prémios de 2017, nas 21 categorias existentes. Para além da categoria de reportagem nacional ou serviço público, existem outras como notícias de última hora, jornalismo de investigação, fotografia, cartoons e jornalismo local. Há, ainda, espaço para premiar trabalhos de ficção, música, biografias ou poesia, num total de sete categorias.

Na categoria de reportagem internacional, o vencedor foi o The New York Times, por ter colocado na agenda as tentativas de Vladimir Putin de projectar o poder da Rússia no estrangeiro.

Outra das categorias mais prestigiadas é a de jornalismo de investigação, em que o vencedor foi Eric Eyre do jornal Charleston Gazette-Mail no estado de West Virginia. O prémio foi atribuído pela reportagem corajosa, “face a uma oposição poderosa”, para expor a entrada constante de opióides nos municípios de West Virginia, um dos estados com maior número de mortes por overdose nos EUA.