EMEL vai pôr Lisboa a pedalar por 23 milhões de euros
Europa tem o maior número de cidades com Sistema de Bicicletas Partilhadas (524) e Lisboa vai fazer parte da estatística por 10 euros ao dia ou 36 ao ano.
Dentro de, no máximo, um ano as ruas da capital vão ter mais 1410 bicicletas em circulação. A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa acaba de investir 23 milhões de euros num contrato com a fornecedora de bicicletas Órbita para pôr os lisboetas a dar ao pedal.
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Dentro de, no máximo, um ano as ruas da capital vão ter mais 1410 bicicletas em circulação. A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa acaba de investir 23 milhões de euros num contrato com a fornecedora de bicicletas Órbita para pôr os lisboetas a dar ao pedal.
O processo é simples: em vários pontos da cidade estarão disponíveis bicicletas para alugar e pedalar até outro lugar. Nesse ponto de destino há um posto para encaixar a bicicleta e deixar pronta para ser activada por um código ou por um cartão de outro ciclista.
Este sistema funciona como uma resposta para a sustentabilidade das cidades na medida em que diminui o congestionamento e a poluição urbana e aumenta a facilidade de movimento. Por outro lado também aumenta a actividade física nas deslocações diárias e a proximidade com o meio envolvente.
E para os que têm menos resistência ou não quiserem suar nas subidas a pique, estarão 940 bicicletas eléctricas distribuídas pelas 140 estações. Os pontos de instalação vão estar sobretudo no centro da cidade, junto ao rio e nos principais interfaces de transportes, como o Campo Grande, Entrecampos, Sete Rios, Alameda, Saldanha e Roma-Areeiro.
O primeiro concurso público já tinha sido lançado em 2015, mas as 11 propostas formalizadas acabaram por ser excluídas. O segundo concurso realizou-se no ano passado, onde o número de propostas caiu, mas aumentou o valor da mais baixa. Em Fevereiro deste ano, a empresa abriu candidaturas para voluntários testarem a rede de bicicletas partilhadas no Parque das Nações para fazerem recomendações e serem co-criadoras do projecto.
O período de duração do contrato entre as duas empresas portuguesas publicado agora no Portal BASE é de nove anos. Este prazo deve-se ao facto da implementação da rede exigir alterações no espaço público e por se tratar de um serviço inovador de transporte urbano cuja adesão pode exigir um tempo alargado.
Texto editado por Ana Fernandes