EMEL: queixa-crime foi "contra desconhecidos" e não contra Junta de Carnide
Esta quinta-feira à tarde, o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa (CDU), tinha informado que a queixa-crime feita pela EMEL era dirigida a si.
A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) informou esta quinta-feira que a queixa-crime apresentada sobre a retirada de parquímetros em Carnide foi "contra desconhecidos" e não contra a Junta de Freguesia, como foi divulgado por esta.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) informou esta quinta-feira que a queixa-crime apresentada sobre a retirada de parquímetros em Carnide foi "contra desconhecidos" e não contra a Junta de Freguesia, como foi divulgado por esta.
"Na sequência dos acontecimentos de hoje com parquímetros da EMEL, esta empresa promoveu a competente queixa-crime contra desconhecidos", refere a EMEL num esclarecimento enviado à agência Lusa.
Nesta quinta-feira à tarde, o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa (CDU), tinha informado que a queixa-crime feita pela EMEL era dirigida a si. "A EMEL optou, mais uma vez, por mostrar concretamente qual é a sua forma de estar neste processo, com má-fé, e, portanto, optou por fazer uma queixa-crime, não contra desconhecidos, mas contra a Junta de Freguesia de Carnide, contra o presidente de Junta", disse o autarca, que falava aos jornalistas nos Paços do Concelho.
Para aquele local estava prevista a entrega dos 12 equipamentos retirados na noite de quarta-feira por moradores de Carnide, num sinal de protesto pela sua instalação, no final da semana passada, na zona histórica da freguesia.
Porém, os equipamentos que permaneceram durante a manhã na sede da Junta, aparentemente sem sinais de vandalismo, não acompanharam os cerca de 40 cidadãos da freguesia que se deslocaram à Câmara de Lisboa.
"Entretanto, a polícia não permitiu que os parquímetros fossem trazidos para cá", indicou Fábio Sousa.
Na nota enviada à Lusa, a EMEL aponta que "a Polícia de Segurança Pública, no âmbito das investigações que levou a cabo, diligenciou no sentido da localização dos parquímetros, tendo apurado que os mesmos se encontravam nas instalações da Junta de Freguesia de Carnide".
"Após interpelação para a entrega voluntária dos parquímetros, tal não aconteceu, pelo que o Ministério Público promoveu mandatos de apreensão dos equipamentos", precisa a empresa municipal.
A EMEL adianta que, ao final da tarde, "os equipamentos foram apreendidos pela PSP, após assinatura do auto pelo senhor presidente da Junta de Freguesia de Carnide".
Contactado esta noite pela Lusa, Fábio Sousa explicou que a informação de que a queixa era dirigida a si tinha sido dada pelos agentes da PSP que o confrontaram e considerou que "faz sentido" que seja, antes, contra desconhecidos. "O que a Junta fez foi remover do espaço público e guardar as máquinas para não serem vandalizadas, depois de terem sido arrancadas pela população", adiantou o autarca.
A autarquia de Carnide tem vindo a contestar a forma como o estacionamento tarifado foi introduzido no centro histórico, considerando que não surge no momento adequado por o município ainda não ter requalificado, como se comprometeu, locais como a Azinhaga das Carmelitas, Travessa do Pregoeiro, Rua General Henrique de Carvalho, Rua das Parreiras e a Rua da Mestra.