UBI e ISCTE: duas entradas “improváveis” no ranking das universidades jovens

Geografia, especialização e tamanho foram alguns dos obstáculos superados pelas novas representantes nacionais na lista do "Times Higher Education".

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A UBI tem 7000 estudantes Adriano Miranda

Eram “improváveis” as entradas da Universidade da Beira Interior (UBI) e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa no ranking das universidades "jovens" publicado, nesta quarta-feira, pelo Times Higher Education (THE). Esta é a avaliação dos reitores das suas instituições, que consideram que os tamanhos reduzidos das mesmas, em comparação com a concorrência internacional, e factores como a especialização, no caso da universidade lisboeta, e a geografia, para a instituição com sede na Covilhã, não faziam destas candidatas evidentes a figurar numa lista onde Portugal tem agora cinco universidades, a maior representação de sempre.

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Eram “improváveis” as entradas da Universidade da Beira Interior (UBI) e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa no ranking das universidades "jovens" publicado, nesta quarta-feira, pelo Times Higher Education (THE). Esta é a avaliação dos reitores das suas instituições, que consideram que os tamanhos reduzidos das mesmas, em comparação com a concorrência internacional, e factores como a especialização, no caso da universidade lisboeta, e a geografia, para a instituição com sede na Covilhã, não faziam destas candidatas evidentes a figurar numa lista onde Portugal tem agora cinco universidades, a maior representação de sempre.

“Nós até seremos a mais improvável de todas as universidades deste ranking”, sublinha o reitor da UBI, António Fidalgo, lembrando que aquela instituição se localiza numa cidade do interior do país, que não é sequer capital de distrito e está bastante afastada dos grandes centros urbanos e das áreas mais densamente povoadas.

A dificuldade em atrair alunos, professores e investigadores é, por isso, maior para a UBI quando comparada com as restantes universidades nacionais que surgem na lista do THE, que avalia instituições com menos de 50 anos de existência.

Já a especialização do ISCTE nas áreas das Ciências Sociais e Humanas é uma característica que também tornava “mais difícil” aos instituto de Lisboa chegar a esta lista, considera o seu reitor, Luís Reto: “Nas áreas onde trabalhamos, a publicação internacional é mais difícil do que nas ciências exactas, por exemplo.”

Ainda assim, o ISCTE cumpre o rácio mínimo exigido pelo THE para incluir instituições de ensino superior neste ranking: um mínimo de 1000 publicações em revistas indexadas nos últimos cinco anos.

Há ainda uma característica partilhada pelas duas instituições que também faz da sua entrada no ranking das universidades "jovens" um feito assinalável: a sua dimensão. A UBI tem 7000 estudantes, o ISCTE 9500, o que leva o THE a classificá-las como “universidades pequenas” face à concorrência internacional.

No ranking divulgado esta quarta-feira, Portugal tem, pela primeira vez, cinco representantes. O ISCTE e a UBI são as novidades, sendo listadas entre os lugares 101 e 150. A Universidade do Minho e a Universidade Nova de Lisboa – que repetem a presença pelo quinto ano consecutivo – aparecem classificadas no mesmo intervalo. A melhor representante nacional é a Universidade de Aveiro, que ocupa a 81.ª posição, dois lugares acima face ao ano passado.