PSD vai pedir à UTAO cálculo dos custos de “perdão" de dívida aos bancos
O Governo alargou o prazo de pagamento do empréstimo dos bancos ao Fundo de Resolução antes da venda do Novo Banco. Sociais-democratas chamam-he "perrdão parcial de dívida"
O PSD anunciou hoje que vai pedir à Unidade Técnica de Apoio Orçamental que calcule os custos da revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, dez dias antes do anúncio da venda do Novo Banco.
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O PSD anunciou hoje que vai pedir à Unidade Técnica de Apoio Orçamental que calcule os custos da revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, dez dias antes do anúncio da venda do Novo Banco.
“Serão centenas de milhões de euros de perda para os contribuintes que é causada por este perdão e esta renegociação que o Governo fez. Queremos pedir à UTAO [Unidade Técnica de Apoio Orçamental], para que não haja dúvidas e falemos todos de dados objetivos, que faça as contas”, explicou o vice-presidente da bancada do PSD António Leitão Amaro, em declarações à agência Lusa.
A 21 de março, o Ministério das Finanças anunciou que as condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução foram revistas e o prazo de pagamento dos reembolsos alargado para dezembro de 2046, relativos à injeção de 3900 milhões de euros pelo Tesouro para a resolução do BES e capitalização do Novo Banco em agosto de 2014 e de 489 milhões de euros na intervenção no Banif, dos quais 136 milhões de euros já foram reembolsados.
Por outro lado, o deputado do PSD acusou o primeiro-ministro, António Costa, de “tentar iludir os portugueses” ao dizer que não haveria uma responsabilidade do Estado na venda do Novo Banco, dizendo que se percebeu que "o Estado assumiu que financia a garantia de quase 3900 milhões de euros que o fundo de resolução assumiu perante a Lone Star".
“É o mínimo dos mínimos que o Governo esclareça de imediato os termos, as condições e o custo do compromisso que o Estado assumiu em financiar essa garantia de cerca de 3900 milhões de euros”, defendeu.