FC Porto apresenta-se na Luz com mais poder de fogo do que o Benfica

Nuno Espírito Santo cristalizou uma dupla no ataque com Soares e André Silva. Problemas físicos de Jonas obrigaram Rui Vitória a testar vários parceiros para Mitroglou.

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Soares já marcou ao Sporting pelo FC Porto e vai tentar marcar ao Benfica LUSA/JOSÉ COELHO

Cinco meses depois de se terem defrontado pela primeira vez em 2016-17, quase todas as primeiras opções de Rui Vitória e Nuno Espírito Santo se mantêm para o Benfica-FC Porto de sábado, mas, com o decorrer da época, ambos os treinadores experimentaram bastantes soluções para chegarem a uma boa fórmula no ataque, com uma diferença fundamental. O mercado de Inverno deu o goleador que faltava ao FC Porto – Soares – e tirou ao Benfica um jogador em plena época de afirmação e que estava a conquistar o seu lugar no “onze” – Gonçalo Guedes. Por isso, nas equipas prováveis do clássico deste sábado, parece haver mais poder de fogo do lado portista.

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Cinco meses depois de se terem defrontado pela primeira vez em 2016-17, quase todas as primeiras opções de Rui Vitória e Nuno Espírito Santo se mantêm para o Benfica-FC Porto de sábado, mas, com o decorrer da época, ambos os treinadores experimentaram bastantes soluções para chegarem a uma boa fórmula no ataque, com uma diferença fundamental. O mercado de Inverno deu o goleador que faltava ao FC Porto – Soares – e tirou ao Benfica um jogador em plena época de afirmação e que estava a conquistar o seu lugar no “onze” – Gonçalo Guedes. Por isso, nas equipas prováveis do clássico deste sábado, parece haver mais poder de fogo do lado portista.

A diferença global em termos de produção ofensiva não é muita – o FC Porto tem 58 golos, o Benfica 56, os dois melhores ataques da Liga –, mas houve uma inversão da tendência em relação à primeira metade do campeonato. No final da primeira volta, era o Benfica que tinha o melhor ataque e com uma margem superior para os “dragões” (37/31), mas os papéis inverteram-se nas nove jornadas seguintes. Não houve nenhum jogo em que a equipa de Nuno não marcasse pelo menos um golo (ficara em branco por quatro vezes na primeira volta) e teve até algumas goleadas robustas (4-0 a Tondela e Arouca, 7-0 ao Nacional, a maior goleada do campeonato até agora). Já o Benfica, que não teve nenhum jogo em branco na primeira volta, já leva dois na segunda (Setúbal e Paços de Ferreira), mas também teve direito às suas goleadas (4-0 a Tondela e Belenenses).

O factor Soares

Até ter Soares, Nuno experimentou muita gente para jogar ao lado de André Silva, e os resultados foram do muito mau ao razoável. Adrian López, por exemplo, teve várias oportunidades, como titular e como suplente, nos primeiros meses da época, mas o seu rendimento foi nulo e já nem sequer está no plantel. Laurent Depoitre também foi opção muitas vezes, mas o seu rendimento foi quase igual ao do espanhol (ainda assim, marcou um golo importante frente ao Chaves). Mais produtiva foi a aposta em Diogo Jota, que produziu frutos imediatos logo no primeiro jogo a titular (três golos ao Nacional), mas sem a assiduidade goleadora desejada.

Naquela fase da época em que o FC Porto só empatava, Nuno até recorreu ao júnior Rui Pedro, que conseguiu desbloquear um jogo contra o Sp. Braga, mas a solução para os maiores problemas do FC Porto apareceu em Janeiro, com a contratação de Soares ao Vitória de Guimarães. O brasileiro já trazia sete golos do Minho e mais que duplicou esse valor no Dragão. Entrou a matar na estreia (dois golos ao Sporting) e já leva nove em sete jogos pelos portistas, provocando, de certa forma, um abrandamento goleador a André Silva, que continua, no entanto, com números impressionantes na sua época de afirmação (15 golos). Se esta dupla não estiver a funcionar na Luz, Nuno terá sempre a opção Jota, que é o terceiro melhor marcador da equipa (7) e segundo melhor assistente (4), mesmo não sendo titular desde a 20.ª jornada (mas entra sempre e já marcou três golos nesta condição).

Mitroglou mais... Pizzi

Das muitas histórias cruzadas do clássico, há uma que envolve o avançado de uma das equipas e o treinador da outra. Nuno Espírito Santo tinha acabado de chegar ao Valência e Jonas estava na porta de saída. “Já estava decidido que não ia ficar”, afirmou nesta quinta-feira o técnico. E esta opção levou a que o brasileiro chegasse à Luz a custo zero com o rendimento que se conhece nas duas primeiras épocas. A terceira nem por isso, porque Jonas sofreu muito com problemas físicos e não foi opção entre o final de Agosto e o final de Dezembro do ano passado, obrigando Rui Vitória a testar vários parceiros para Mitroglou, com graus de sucesso variável.

Aliás, é na dupla atacante que o treinador do Benfica mais mexe. Mitroglou é praticamente inamovível e o seu rendimento tem sido constante (14 golos marcados em 20 jogos), seja quem estiver ao seu lado. Vitória experimentou com Gonçalo Guedes (2 golos), com Rafa (2 golos) e com Jiménez (5 golos), sendo que o mexicano poucas vezes é titular (14 jogos, dez deles como suplente utilizado), mas costuma ser decisivo. Jonas, que marcou 32 golos na Liga em 2015-16, leva apenas seis – mas também só jogou em metade dos jogos (13) e foi titular em nove. Depois de Mitroglou, o melhor marcador do Benfica não está na frente de ataque, mas a navegar entre o meio-campo e as alas. Pizzi tem sido o jogador mais decisivo, com nove golos e cinco assistências.

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