Equipa da RTP violentamente agredida em Chelas

Jornalistas investigavam alegada violação de um menor por um colega da escola.

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Daniel Rocha

Um repórter de imagem e um jornalista da RTP foram nesta quinta-feira violentamente agredidos, especialmente o repórter de imagem, junto a uma escola de Chelas, em Lisboa, por familiares de uma criança de 12 anos que alegadamente terá violado outro menor de 9 anos, apurou o PÚBLICO junto da PSP e de fontes da RTP.

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Um repórter de imagem e um jornalista da RTP foram nesta quinta-feira violentamente agredidos, especialmente o repórter de imagem, junto a uma escola de Chelas, em Lisboa, por familiares de uma criança de 12 anos que alegadamente terá violado outro menor de 9 anos, apurou o PÚBLICO junto da PSP e de fontes da RTP.

A equipa da RTP tinha acabado de chegar à Escola Básica dos Lóios, em Chelas, quando alegados familiares do menino de 12 anos suspeito de violação agrediram o repórter de imagem, primeiro com um banco e depois com vários pontapés na cabeça. Um dos supostos agressores estava ao fim da tarde identificado e detido e um outro homem foi igualmente detido por resistência à autoridade, confirmou ao PÚBLICO a subcomissária Helga, do Comando de Lisboa da PSP. Durante a agressão, a câmara do jornalista da RTP foi parcialmente destruída.

Simultaneamente, familiares da criança de 9 anos foram também agredidos.

O operador de imagem foi internado no Hospital de São José, em Lisboa, com vários ferimentos. Um grupo de jornalistas da RTP que se deslocou à escola, onde se tinham refugiado os colegas agredidos, só conseguiu abandonar o estabelecimento de ensino escoltado pela PSP. 

A PSP conseguiu recuperar a um dos detidos um relógio que tinha sido roubado ao operador de imagem.

Segundo o Comando de Lisboa da PSP, tinha decorrido na escola uma reunião entre familiares das duas crianças envolvidas na suposta agressão sexual, de que a PSP só teve conhecimento nesta quinta-feira, desconhecendo ainda a data em que terá ocorrido.

A PSP está a investigar agora a alegada agressão sexual e já deu conhecimento à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.

O PÚBLICO tentou, sem êxito, contactar responsáveis pela escola.