Itália desmantelou célula terrorista que planeava atacar símbolo de Veneza

Foram detidas quatro pessoas, todas elas originárias do Kosovo, que terão declarado fidelidade ao Daesh.

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Nas conversas interceptadas pelas autoridades, suspeitos planeavam atacar a famosa Ponte di Rialto Reuters/MANUEL SILVESTRI

As forças de segurança italiana desmantelaram esta quinta-feira uma célula terrorista que planeava atentados na cidade de Veneza, nomeadamente na famosa Ponte di Rialto. Ao todo, foram detidas quatro pessoas, entre elas um menor, todas originárias do Kosovo, e que fariam parte de um grupo aparentemente fiel ao Daesh.

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As forças de segurança italiana desmantelaram esta quinta-feira uma célula terrorista que planeava atentados na cidade de Veneza, nomeadamente na famosa Ponte di Rialto. Ao todo, foram detidas quatro pessoas, entre elas um menor, todas originárias do Kosovo, e que fariam parte de um grupo aparentemente fiel ao Daesh.

“Com todos os infiéis que existem na cidade, coloca uma bomba debaixo de Rialto e ganha o céu directamente”, terá sido uma das frases interceptadas nas escutas que levaram à operação da unidade antiterrorismo e da agência de informação, diz o jornal La Reppublica. Noutra conversa, um dos suspeitos sugeria realizar um ataque semelhante ao ocorrido em Londres, onde um homem atropelou várias pessoas e vitimou mortalmente um polícia com uma faca. O local sugerido era novamente a ponte que é um dos símbolos de Veneza.

Fisnik Bekaj, de 24 anos, Dale Haziraj, de 25 anos, e Arjan Babaj, de 27, são as identidades de três dos suspeitos. Todos eles residiam em Itália com visto de residência e trabalhavam como empregados em restaurantes de Veneza. Um deles havia regressado recentemente da Síria. Para além destas detenções, a polícia italiana realizou buscas em 12 apartamentos na cidade e em localidades próximas.

As autoridades monitorizavam o grupo há meses tendo conseguido seguir o rasto destes aparentes jihadistas. No entanto, as conversas reveladas pelas escutas, onde se exaltava o ataque em Londres, e onde se expunha intenção de realizar um atentado semelhante em Veneza, apressou a operação de detenção.

O procurador-adjunto de Veneza, Adelchi D’ippolito, explicou que a viagem à Síria de um dos suspeitos foi o que desencadeou a investigação e que as conversas interceptadas demonstraram “uma grande adesão à ideologia” do Daesh.