Amazon não pára de crescer. E Jeff Bezos já é o segundo mais rico do mundo
Em criança, os pais inscreveram-no no futebol americano porque lia “demasiado”. A paixão pela leitura venceria e foi por ela que largou o emprego em Wall Street para apostar na venda de livros online.
Jeff Bezos é oficialmente a segunda pessoa mais rica do mundo. O fundador e CEO da Amazon ultrapassa assim Amancio Ortega, dono da Inditex (grupo que detém a Zara, Massimo Dutti, Oysho, e Pull & Bear, por exemplo) e Warren Buffett, investidor e chefe executivo da Berkshire Hathaway, de acordo com as contas feitas pela lista de fortunas da Bloomberg.
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Jeff Bezos é oficialmente a segunda pessoa mais rica do mundo. O fundador e CEO da Amazon ultrapassa assim Amancio Ortega, dono da Inditex (grupo que detém a Zara, Massimo Dutti, Oysho, e Pull & Bear, por exemplo) e Warren Buffett, investidor e chefe executivo da Berkshire Hathaway, de acordo com as contas feitas pela lista de fortunas da Bloomberg.
Nesta quarta-feira, Bezos viu a sua fortuna aumentar 1500 milhões de dólares, depois de ter anunciado a compra da retalhista Souq.com, a maior plataforma de comércio electrónico do Médio Oriente. Os termos do acordo e o valor do negócio não foram divulgados, mas as acções da Amazon.com Inc dispararam depois do compromisso comercial ser conhecido, fazendo crescer o património do seu fundador para os 75.600 milhões de dólares (cerca de 70.400 milhões de euros), mais 700 milhões de dólares do que a fortuna de Warren Buffett e mais 1300 milhões de dólares do que a do dono da Zara.
Eleito Pessoa do Ano em 1999 pela revista Time, Jeffrey Preston Bezos cresceu com a mãe e o padrasto, um imigrante cubano. A paixão pelos livros é precoce. Tanto que os seus pais temiam que se tornasse um “rato de biblioteca” e, para o evitar, inscreveram Bezos numa equipa de futebol americano. Tinha 11 anos.
Depois de se formar em Engenharia Electrónica em 1986, integrou uma empresa em Wall Street. Tentou lançar uma empresa de envio de newsletters em formato de faxes, mas a ideia não teve sucesso.
Em 1994, percebe que a Internet estava a crescer aceledaradamente e era cada vez mais rentável. Chegou a apresentar a ideia do que seria a mutinacional tecnológica ao seu chefe, com uma lista de 20 tipos de produtos que queria vender. Sem apoio, acaba por desistir do emprego confortável e mudar-se para Seattle, onde cria a “Cadabra”. O nome não resulta (devido à confusão com “cadáver") e surge então o nome Amazon, em Outubro de 1994.
Depois de um curso de venda de livros (que durou três dias) e de um investimento que contou com o apoio dos pais, Jeff Bezos lança o site em Junho de 1995. Para evitar problemas com espaço não guarda nenhum armazém de livros e adquire apenas as obras quando um cliente as encomenda.
Em 1998 a empresa já tinha crescido tanto que Jeff Bezos investiu em dois jovens fundadores de, à data, uma nova empresa: a Google. A multinacional cresceu e hoje vende produtos electrónicos, vestuário, jóias, artigos desportivos, jogos, brinquedos, electrodomésticos e até produtos de comida gourmet. The Everything Store [tradução livre: A loja de tudo] é justamente o nome de uma das biografias de Bezos, que a CNBC cita para listar os 12 livros que inspiraram a liderança do empresário.
Em Agosto de 2013, o empresário norte-americano faz correr tinta quando anunciou a compra do jornal norte-americano Washington Post por 250 milhões de dólares (188 milhões de euros). Volta a ser notícia em Novembro de 2015, ao fazer aterrar um foguetão suborbital no seu local de lançamento através da empresa de transporte espacial criada por Bezos em 2000, a Blue Origin.
O crescimento da Amazon nos últimos anos representa um aumento de 10.200 milhões de dólares na sua fortuna em 2017. O primeiro lugar da lista continua a ser ocupado pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, com uma fortuna avaliada em 86 mil milhões de dólares. Na lista anual da revista norte-americana Forbes, conhecida na semana passada, Bezos surgia em terceiro lugar com uma fortuna de 72.800 milhões de dólares.