Cristiano Ronaldo “gostou do que viu”, diz escultor do polémico busto
Emanuel Santos diz à Renascença que não é possível “agradar a gregos e troianos”.
O autor do busto de Cristiano Ronaldo — uma estátua que deu a volta ao mundo — quebrou o silêncio e garantiu que o jogador do Real Madrid gostou da obra. Sobre as críticas, diz que não se pode “agradar a gregos e troianos”.
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O autor do busto de Cristiano Ronaldo — uma estátua que deu a volta ao mundo — quebrou o silêncio e garantiu que o jogador do Real Madrid gostou da obra. Sobre as críticas, diz que não se pode “agradar a gregos e troianos”.
Em entrevista à Rádio Renascença, Emanuel Santos, de 40 anos, natural da Madeira, diz que a oportunidade de criar um busto de Cristiano para marcar a alteração do nome do aeroporto da Madeira surgiu por iniciativa própria. Depois de expor a sua ideia e de revelar uma amostra em gesso à direcção do aeroporto, foi autorizado a avançar. “Como isto envolve direitos de imagem e o Governo Regional, houve a necessidade de haver um parecer. A família teve de ver para concordar ou não”, explica.
Esclarecendo que nunca teve Ronaldo à sua frente para realizar a obra, diz que “Cristiano viu as fotos que o irmão lhe mandou”. “Eu estive com o irmão no museu do Cristiano e, pelas mensagens do Ronaldo, percebi que ele gostou do que viu”, garante, revelando que a estrela portuguesa apenas “mandou alterar umas rugas”. “Ele disse que estava um bocadinho saliente, que o fazia mais velho. E pediu para desbastar mais um bocadinho, para ficar mais liso e mais jovial. Mas mandaram avançar porque gostaram do que viram”, contou Emanuel à Renascença.
No entanto, as reacções que se seguiram, principalmente nas redes sociais, e que chegaram à imprensa internacional, não foram, provavelmente, as esperadas. Mas o autor diz que ainda não teve “tempo para [se] sentar e ver o que se diz”. “Não conseguimos agradar a gregos e troianos. Uma escultura é uma escultura e uma fotocópia é uma fotocópia”, assevera, acrescentando que “é preciso saber gerir as críticas”.
Emanuel Santos relata ainda que "fazer uma figura pública é um desafio”, isto porque “não é fazer uma figura aleatória”. “É complicado ver o perfil, lado e atrás. Uma coisa é basearmo-nos em fotografias, outra é ter a pessoa ao lado e tirar medidas para fazer tal e qual”, explica.