Plano Juncker é trunfo para aproximar cidadãos da Europa
A melhor campanha para aumentar o sentimento de pertença à Europa pode ser um programa de investimento.
Quando o objectivo é aumentar o sentimento de pertença à Europa, a melhor campanha pode ser um programa de investimento. Nesse sentido, o chamado Plano Juncker — que inclui o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) — pode ser a bóia de salvação para uma União Europeia prestes a sofrer a primeira desagregação, com a saída do Reino Unido.
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Quando o objectivo é aumentar o sentimento de pertença à Europa, a melhor campanha pode ser um programa de investimento. Nesse sentido, o chamado Plano Juncker — que inclui o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) — pode ser a bóia de salvação para uma União Europeia prestes a sofrer a primeira desagregação, com a saída do Reino Unido.
Em Portugal, o Plano Juncker apoiou, até Março de 2017, um total de 13 projectos na área das infra-estruturas e inovação, atingindo 665 milhões de euros. Na área das PME, foram apoiados sete projectos, no valor de 495 milhões de euros. No total, as operações aprovadas no âmbito do Plano Juncker em Portugal representam agora quase 1,2 mil milhões de euros. Em Junho de 2016, Portugal tinha apenas cinco projectos de investimento aprovados e estava atrasado na corrida a estes fundos.
A regeneração urbana da cidade de Lisboa, nomeadamente ao nível da climatização das casas, é um dos projectos de maior valor aprovados pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (foi assinado em Novembro de 2016). O total de investimento esperado ascende a 523 milhões de euros, dos quais uma primeira tranche de 100 milhões já coube ao FEIE assegurar. A operação inclui reabilitação das infra-estruturas e de habitação social, remediação ambiental e prevenção e protecção de riscos.
Também em Portugal, o novo campus da NOVA-SBE (Marcelo Rebelo de Sousa colocou a "primeira pedra" em Setembro do ano passado, plantando uma cerejeira), os programas de emprego e startups do Montepio, da CGD, do BPI, do BST e do BCP ou as centrais de biomassa do Fundão e de Viseu (ideias com mais de dez anos) são outros exemplos de projectos aprovados.
Não são só os grandes projectos que têm direito a candidatar-se a finciamento pelo Plano Juncker. Na Alemanha por exemplo, Jürgen Imholt, um optometrista, conseguiu apoio financeiro para assumir a clínica que geria. Na Polónia, um grossista de aço expandiu as suas instalações com ajuda de financiamento europeu. Na Eslováquia, Bratislava terá um acrescento de 27 quilómetros de auto-estrada na zona sul da cidade. E na Grécia, só para dar outro exemplo, o plano de investimento para a Europa permitiu à produtora de charcutaria Creta Farms inovar, criar postos de trabalho e prosseguir no sentido da expansão internacional.
Nos 28 países da União Europeia já foram aprovados 461 projectos de negócio e espera-se que mais de 400 mil pequenas empresas venham a beneficiar de investimentos só ao abrigo do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos.