Dijsselbloem “debaixo de fogo” e entre os mais lidos do Financial Times
Críticas às palavras polémicas do presidente do Eurogrupo também chegaram ao site norte-americano Politico. Em Espanha e Itália fazem o pleno nos jornais.
Depois das suas palavras sobre o dinheiro gasto pelos países do Sul da Europa em “bebida e mulheres”, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem está “debaixo de fogo”. É essa a análise feita pelo Financial Times, que faz um levantamento das principais críticas ao ainda ministro das Finanças holandês vindas de Portugal, Espanha e Itália. A notícia está entre as mais lidas da edição online daquele jornal económico nesta quarta-feira.
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Depois das suas palavras sobre o dinheiro gasto pelos países do Sul da Europa em “bebida e mulheres”, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem está “debaixo de fogo”. É essa a análise feita pelo Financial Times, que faz um levantamento das principais críticas ao ainda ministro das Finanças holandês vindas de Portugal, Espanha e Itália. A notícia está entre as mais lidas da edição online daquele jornal económico nesta quarta-feira.
“O chefe dos ministros das Finanças da Zona Euro está a enfrentar vários pedidos de demissão depois de recusar pedir desculpa por dizer que os países europeus atingidos pela crise gastaram o seu dinheiro em 'bebida e mulheres'”, começa por contextualizar o Financial Times. Seguem-se citações das críticas feitas pelos eurodeputados espanhóis Gabriel Mato e Ernest Ustasun, bem como do líder do grupo parlamentar dos socialistas em Bruxelas, Gianni Pitella.
O Financial Times cita ainda as declarações do ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que exigiu a demissão de Dijsselbloem da liderança do Eurogrupo. A notícia do jornal financeiro era, ao final da manhã desta quarta-feira, a quinta mais lida da sua edição online.
A polémica em torno das declarações do holandês chegou também ao site norte-americano Politico, que centra o seu artigo nas declarações do líder dos socialistas europeus, Gianni Pitella, que tinha considerado as declarações do ainda ministro das Finanças holandês “discriminatórias”.
Na restante imprensa internacional, a polémica está a passar ao lado dos destaques desta quarta-feira. A excepção são os jornais de Espanha e Itália, outros dois países que são alvo das palavras de Dijsselbloem.
O espanhol La Razón ocupa metade da sua primeira página da edição impressa desta quarta-feira com uma fotografia do holandês, com a chamada “Outra de Dijsselbloem”, antes de citar a sua declaração sobre “bebida e mulheres”. Na edição digital, o jornal conservador assinala o facto de, entre os eurodeputados dos vários partidos espanhóis, a crítica à postura do presidente do Eurogrupo ter sido unânime.
ABC e El Mundo dão menos destaque ao assunto, centrando a notícia na reacção do ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, que considerou as declarações "infelizes" e defendeu que o holandês devia ter-se arrependido do que disse. O El País puxa também as declarações do governante do Partido Popular para o destaque com que abre a sua edição imprensa, juntamente com duas fotografias de Dijsselbloem.
Em Itália, as declarações do ainda ministro das Finanças holandês estão no topo das edições online de jornais como Corriere della Sera, La Stampa e La Repubblica. O principal ângulo dos periódicos transalpinos é a reacção do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi. “Jeroen Dijsselbloem perdeu uma excelente oportunidade para estar calado”, disse na sua página do Facebook, exigindo depois a demissão do líder do Eurogrupo: “Quanto mais cedo, melhor”.