Líder do Eurogrupo alvo de carta armadilhada interceptada pela polícia
O holandês que lidera o Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, foi escolhido como destinatário de uma carta armadilhada, interceptada pelas autoridades, anunciou nesta terça-feira o seu porta-voz, um dia depois de terem sido apreendidos oito pacotes suspeitos na Grécia.
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O holandês que lidera o Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, foi escolhido como destinatário de uma carta armadilhada, interceptada pelas autoridades, anunciou nesta terça-feira o seu porta-voz, um dia depois de terem sido apreendidos oito pacotes suspeitos na Grécia.
Na segunda-feira foram detectados em Atenas oito pacotes suspeitos, que se destinavam a várias personalidades de países europeus.
"Posso confirmar que o ministro Dijsselbloem foi escolhido como alvo de uma carta armadilhada", afirmou Coen Gelinck à agência AFP, acrescentando que a carta "foi interceptada", mas recusando-se a confirmar se era um dos pacotes recuperados em Atenas.
Os pacotes apreendidos pela polícia em Atenas, num centro de envio de correspondência no Norte da capital grega, eram semelhantes aos que foram enviados na semana anterior ao Ministério das Finanças alemão e ao FMI em Paris.
O pacote enviado para o FMI de Paris feriu ligeiramente - na cara e nas mãos - a funcionária que o abriu. O pacote enviado para Berlim foi interceptado pelos serviços de segurança.
A Conspiração das Células de Fogo, um grupo anarquista grego, reivindicou o envio da carta armadilhada para Berlim. Os investigadores franceses também atribuem a carta para o FMI de Paris à mesma organização anarquista.
A Grécia vive desde 2010 sob forte controlo financeiro por parte da UE e do FMI, que exigem reformas estruturais penosas para a população.
Durante os principais anos da presença da troika na Grécia, Dijsselbloem foi um dos responsáveis europeus que mais chocaram de frente com os responsáveis governamentais gregos, nomeadamente com o antigo ministro das Finanças Yanis Varoufakis.
Dijsselbloem está nesta terça-feira debaixo de fogo, depois de ter acusado os países do Sul de gastarem dinheiro em “copos e mulheres”.