Em 61 escolas secundárias, só há um curso disponível
Escolas optam pela área de estudos de Ciências e Tecnologias quando não têm estudantes suficientes para abrirem mais do que uma opção no 10.º ano.
É uma escolha condicionada a que fazem muitos alunos à entrada para o 10.º ano: 61 escolas secundárias só têm disponível uma das quatro áreas de estudo existentes no ensino regular. O número é publicado esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, que cita números do Ministério da Educação. A falta de alunos suficientes para abrir outros cursos levam os estabelecimentos de ensino a concentrarem-se numa só opção, habitualmente Ciências e Tecnologias. O problema afecta sobretudo as localidades do interior e, em muitos dos casos, só há uma escola no concelho.
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É uma escolha condicionada a que fazem muitos alunos à entrada para o 10.º ano: 61 escolas secundárias só têm disponível uma das quatro áreas de estudo existentes no ensino regular. O número é publicado esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, que cita números do Ministério da Educação. A falta de alunos suficientes para abrir outros cursos levam os estabelecimentos de ensino a concentrarem-se numa só opção, habitualmente Ciências e Tecnologias. O problema afecta sobretudo as localidades do interior e, em muitos dos casos, só há uma escola no concelho.
À entrada do ensino secundário os alunos devem poder escolher entre a área de Ciências Sócio-Económicas, Línguas e Humanidades, Artes Visuais, e Ciências e Tecnologias. Por falta de alunos suficientes para abrirem mais do que uma opção, dezenas de escolas disponibilizam apenas um destes cursos. Uma pesquisa no portal Infoescolas, que é gerido pelo Ministério da Educação, permite perceber que, quando isto acontece, as escolas apostam em Ciências e Tecnologias. Esta área de estudos dá acesso a cursos superiores nas áreas de engenharias e saúde, por exemplo, mas que não fecha também o acesso a cursos de outras especialidades, porque inclui disciplinas como Português e Filosofia, que dão acesso a formações superiores nas Ciências Sociais e Humanas, por exemplo.
Esta realidade afecta, sobretudo, concelhos do interior do país e não se encontra nas principais cidades. Em muitos dos casos, como a Escola Básica e Secundária de Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo, a Escola Básica e Secundária de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, as escolas José Silvestre Ribeiro, em Idanha-a-Nova, e Padre António Andrade, em Oleiros (ambos no distrito de Castelo Branco), estas são também as únicas escolas do concelho.
Ainda de acordo com o portal Infoescolas, nos concelhos do interior, em regra as escolas secundárias oferecem apenas duas das quatro opções de cursos do ensino secundário: Ciências e Tecnologia e Línguas e Humanidades. Os alunos que pretendam enveredar pelas outras duas áreas têm que deslocar-se para as maiores cidades das respectivamente regiões, nomeadamente as capitais de distrito.