Sócrates quer ser ouvido antes da decisão sobre prolongamento do processo
“Se a senhora Procuradora fixou um prazo que acabou na segunda-feira à noite basta fazer as contas para perceber que não pode prolongá-lo mais”, afirma advogado de Sócrates.
Um dos advogados de defesa de José Sócrates, Pedro Delille, disse, em entrevista à TSF, que a defesa ainda não foi ouvida acerca da eventual decisão de prolongamento do caso Marquês, mas que espera que isso ainda aconteça. Delille instou, também, a Procuradora-Geral da República a cumprir os prazos que ela própria indicou.
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Um dos advogados de defesa de José Sócrates, Pedro Delille, disse, em entrevista à TSF, que a defesa ainda não foi ouvida acerca da eventual decisão de prolongamento do caso Marquês, mas que espera que isso ainda aconteça. Delille instou, também, a Procuradora-Geral da República a cumprir os prazos que ela própria indicou.
“Se a senhora Procuradora [Geral da República] fixou um prazo que acabou na segunda-feira à noite basta fazer as contas para perceber que não pode prolonga-lo mais”, afirma o advogado, “ainda para mais com essas justificações”.
A defesa de Sócrates afirma que nunca foi contactada no sentido de dar a conhecer os motivos do eventual prolongamento. Delille diz que tomou conhecimento desse motivos através dos jornais e que considera que não fazem qualquer sentido. No entanto, espera que a defesa seja ouvida antes de ser tomada a decisão final.
“As justificações serão continuar as investigações e constituir novos arguidos no âmbito do Grupo Espirito Santo. Mas isto não tem nada a ver com este processo. O âmbito no qual o senhor engenheiro foi preso não tem relação alguma com estas novas linhas de investigação”, afirma.
O advogado acusa ainda o Ministério Público de não ter sido capaz de apresentar provas contra Sócrates e, por isso, prolongar este processo indefinidamente. Diz que o Ministério Público não foi capaz “de arranjar qualquer prova” mas que apresentou o processo de Sócrates “à opinião pública e aos jornais” como se “fosse uma condenação certa do engenheiro Sócrates”, mesmo sem provas.