Viagem ao centro de um vulcão com Google Street View
O interior de um vulcão em actividade numa ilha remota do oceano Pacífico é a mais recente localidade disponível no sistema de mapas a 360º do Google.
Explorar o interior de um vulcão em actividade – numa pequena ilha remota no oceano Pacífico a milhares de quilómetros da costa australiana – já não é uma missão de alto risco. A ilha vulcânica de Ambrym no arquipélago de Vanuatu, é a mais recente localização possível de explorar com o sistema de mapeamento a 360º do Google, o Street View, que facilita a descida de 400 metros ao longo da cratera de Marum para se ver um lago de lava incandescente em detalhe.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Explorar o interior de um vulcão em actividade – numa pequena ilha remota no oceano Pacífico a milhares de quilómetros da costa australiana – já não é uma missão de alto risco. A ilha vulcânica de Ambrym no arquipélago de Vanuatu, é a mais recente localização possível de explorar com o sistema de mapeamento a 360º do Google, o Street View, que facilita a descida de 400 metros ao longo da cratera de Marum para se ver um lago de lava incandescente em detalhe.
A multinacional equipou dois exploradores com câmaras Trekker – um aparelho circular composto por 15 câmaras numa espécie de antena que segue presa a uma mochila – para que registassem visualmente a descida ao interior do vulcão. As imagens captadas permitiram um mapeamento a três dimensões, em que se pode ver a cratera de 12 quilómetros de largura de todos os ângulos.
“Ao colocarmos este local no mapa, espero que as pessoas se apercebam do magnífico mundo em que vivemos”, disse Chris Horsly, um dos exploradores, no comunicado do Google sobre a viagem. “Só nos apercebemos como os humanos são insignificantes quando estamos perante um lago gigante de lava incandescente. É como olhar para a superfície do sol”, acrescentou o companheiro de viagem, George Mackley.
Além do vulcão, os utilizadores do Google Street View podem explorar os outros locais da ilha de Ambrym através de caminhadas virtuais pela selva, passeios pela praia, ou visitas à vila de Endu onde vivem cerca de sete mil pessoas. Os primeiros europeus a chegar ao arquipélago de Vanuatu, onde fica Ambrym, foram liderados pelo navegador português Pedro Fernando de Queirós, ao serviço da coroa espanhola, em 1606. Actualmente, apenas 14 das 82 ilhas são habitadas.
Depois da passagem do ciclone tropical Pam em Março de 2015, os habitantes da ilha de Ambrym, em Vanuatu, têm-se preocupado em reconstruir a vila e preservar a sua cultura. De acordo com o líder da vila, o chefe Moisés, tornar a localidade mais acessível pode facilitar a missão ao atrair mais visitantes. É um objectivo partilhado pela equipa do Google Maps, que acredita que a funcionalidade de Street View facilita o conhecimento sobre locais de grande importância geográfica, histórica e cultural.
Desde 2013 que a multinacional empresta as câmaras Trekker aos exploradores interessados em expandir o alcance da funcionalidade ao filmar e fotografar as suas viagens. Além de localidades exóticas, o Google Street View também tem dado a conhecer mais do património português. Em 2015, um técnico do Google fotografou a viagem de rio até ao Castelo de Almourol – um dos ícones do património português por evocar os primórdios do Reino de Portugal e a Ordem dos Templários – em Vila Nova da Barquinha.