Trump convida Xi Jinping para uma cimeira em Mar-a-Lago

A Administração norte-americana pretende desanuviar o ambiente e deixar para trás as críticas à China.

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O Presidente Donald Trump viaja frequentemente para o seu resort na Florida, onde tem um campo de golfe © David Moir / Reuters

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá convidado o seu congénere chinês Xi Jinping para uma cimeira de dois dias no seu resort de Mar-a-Lago, numa tentativa de aproximação e normalização do seu relacionamento com Pequim, um dos alvos preferenciais de crítica durante a sua campanha eleitoral.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá convidado o seu congénere chinês Xi Jinping para uma cimeira de dois dias no seu resort de Mar-a-Lago, numa tentativa de aproximação e normalização do seu relacionamento com Pequim, um dos alvos preferenciais de crítica durante a sua campanha eleitoral.

Segundo a imprensa norte-americana, o convite já terá sido endereçado ao Presidente da China: o site Axios e a cadeia CNN avançam o fim-de-semana de 6 e 7 de Abril como a data proposta pela Administração Trump para o encontro. O primeiro-ministro japonês foi o primeiro líder estrangeiro a viajar com Donald Trump para o seu resort na Florida, que o líder americano descreve como a "Casa Branca de Inverno". Os dois meios, que citam fontes da Casa Branca, dizem que os planos finais para a cimeira bilateral deverão ser acertados esta semana pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, que está de partida para um périplo asiático que inclui paragens no Japão, Coreia do Sul e China.

O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês não se pronunciou sobre o convite, mas de acordo com a Reuters, a diplomacia dos dois países tem estado a trabalhar para limpar o ar e restabelecer o diálogo entre Washington e Pequim, que estava inquinado pelas declarações agressivas de Donald Trump contra as práticas económicas e as manobras militares da China. O ambiente piorou depois de Trump ter falado ao telefone com a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e ter indicado que se desobrigava do respeito pela chamada política de "uma só China" que é a base das relações entre os dois países.

Perante a indignação de Pequim, o Presidente norte-americano foi obrigado a recuar e esclarecer que, afinal, os EUA não tencionam rever os termos das suas relações diplomáticas com a China. Numa carta dirigida a Xi Jinping, Trump esclareceu que o seu objectivo é que os dois países possam estabelecer uma “ligação construtiva” e mutuamente benéfica.

No mês passado, o conselheiro estatal Yang Jiechi viajou para Washington para iniciar a discussão com a nova Administração de Donald Trump: na agenda das suas reuniões no departamento de Estado e na Casa Branca estiveram as questões comerciais e de segurança.