Sem remorsos, jordano que matou sete raparigas israelitas foi libertado

Ahmed Daqamseh não mostra qualquer arrependimento pelo crime que cometeu em 1997, referindo-se aos judeus como “lixo humano”.

Foto
O jordano Ahmed Daqamseh, responsável pela morte de sete raparigas em 1997 Reuters/MUHAMMAD HAMED

O soldado jordano responsável pela morte de sete raparigas israelitas em 1997, no que ficou conhecido como o massacre da Ilha da Paz, foi libertado este domingo, apesar de ter sido inicialmente condenado a prisão perpétua. Após 20 anos numa cadeia na Jordânia, Ahmed Daqamseh afirma que não está arrependido pelo crime, avança a Associated Press (AP).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O soldado jordano responsável pela morte de sete raparigas israelitas em 1997, no que ficou conhecido como o massacre da Ilha da Paz, foi libertado este domingo, apesar de ter sido inicialmente condenado a prisão perpétua. Após 20 anos numa cadeia na Jordânia, Ahmed Daqamseh afirma que não está arrependido pelo crime, avança a Associated Press (AP).

Em Março de 1997, Daqamseh disparou sobre um grupo de estudantes de 13 e 14 anos que se encontravam na fronteira entre Israel e a Jordânia, num local conhecido como Ilha da Paz. As raparigas estavam numa visita de estudo; sete morreram e outras sete ficaram feridas.

Um tribunal militar jordano declarou que Daqamseh era mentalmente instável e condenou-o a prisão perpétua, ao invés da pena de morte. Na Jordânia, as penas perpétuas não estão bem definidas e os reclusos podem ser libertados após 20 anos na prisão.

Depois de ser libertado e de ter chegado à sua terra natal, Ibdir, o jordano Daqamseh não mostrou qualquer arrependimento pelo massacre, tendo mesmo dito a um jornalista da Al Jazeera que os israelitas são “lixo humano”. O ex-recluso foi recebido com alegria pelos seus conterrâneos, havendo quem entoasse cânticos e o beijasse na face, e até quem empenhasse uma fotografia sua com a descrição “Bem vindo, herói Daqamseh”.