PS volta a chamar Núncio ao Parlamento
A bancada do PS quer ouvir o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais na sequência das notícias vindas a público - e não desmentidas - que dão conta de que Paulo Núncio foi advogado durante três anos da empresa petrolífera venezuelana PDVSA Europe.
O PS anunciou hoje que vai chamar novamente ao Parlamento o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio para apurar responsabilidades políticas, perante "factos novos" sobre a sua ligação como advogado à petrolífera estatal venezuelana.
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O PS anunciou hoje que vai chamar novamente ao Parlamento o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio para apurar responsabilidades políticas, perante "factos novos" sobre a sua ligação como advogado à petrolífera estatal venezuelana.
"É urgente apurar as responsabilidades políticas, pelo que iremos chamar Paulo Núncio e Paulo Ralha [presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos] ao Parlamento", afirma o deputado socialista João Paulo Correia, num comunicado do PS hoje divulgado.
Nessa nota à imprensa, lê-se que "o Grupo Parlamentar do PS vai voltar a chamar ao Parlamento o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, na sequência das notícias vindas a público - e não desmentidas - que dão conta de que Paulo Núncio foi advogado durante três anos da empresa petrolífera venezuelana PDVSA Europe, a qual enviou parte significativa dos 7,8 mil milhões para o Panamá através do BES (Banco Espírito Santo)".
O PS salienta que "as notícias referem também que o antigo governante do Governo PSD-CDS fez parte da equipa do escritório de advogados Garrigues na altura em que a empresa se terá instalado no Centro de Negócios da Madeira e foi já na qualidade de secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que as transferências para o Panamá através do BES foram feitas".
"Quando Paulo Núncio foi ouvido na Comissão Parlamentar de Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) não revelou nenhuma destas informações. Estes factos são novos, pelo que o PS considera imprescindível clarificar esta situação, uma vez que as estatísticas não foram publicadas pela Autoridade Tributária precisamente na altura em que as transferências foram efetuadas através da empresa petrolífera", justifica o PS.