Gestão do Convento de S. Francisco volta a ser questionada

Manuel Machado diz que questão vai ser resolvida quando o equipamento estiver a funcionar na totalidade.

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sergio azenha

Quase um ano depois da abertura, o Convento de São Francisco (CSF), em Coimbra, continua sem um modelo de gestão e alguns dos contratos celebrados entre a autarquia e privados têm sido alvo de críticas por parte da oposição.

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Quase um ano depois da abertura, o Convento de São Francisco (CSF), em Coimbra, continua sem um modelo de gestão e alguns dos contratos celebrados entre a autarquia e privados têm sido alvo de críticas por parte da oposição.

Na Assembleia Municipal desta sexta-feira, o movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) apresentou uma proposta que visava recomendar à autarquia a constituição de uma empresa municipal e a abertura de um concurso público para programa o equipamento.

Numa intervenção em que questionava o trabalho do executivo desde o início do mandato, o social-democrata Nuno Freitas fez também referência ao estado do CSF. “Há artistas que cantam em todo o país e agora também estamos nesse circuito”, disse, para logo a seguir fazer menção ao estacionamento que ainda não abriu, aos trabalhos que continuam a decorrer e algumas das actividades que têm lugar naquele equipamento cultural. “Nós que rivalizaríamos com Serralves? Que ridículo”, afirmou.

Manuel Machado justificou a abertura progressiva do convento com o “funcionamento em regime de contingência” e lembrou que “algumas das questões que são levantadas agora, deveriam ter sido levantadas” antes de a obra arrancar, como o projecto de exploração e o estudo de viabilidade económica.

A questão da gestão, avançou o autarca, vai ser resolvida “quando estiver em funcionamento todo o conjunto”, lembrando que a estratégia foi “dar uso aos espaços disponíveis”.

Depois de várias bancadas terem manifestado a necessidade de estudar a questão, o CpC retirou a proposta, que voltará a ser submetida na próxima assembleia municipal.