EUA enviam mais forças especiais para a Síria

Cerca de 400 militares dos Rangers e Marines vão engrossar apoio às forças locais envolvidas na operação para cercar Raqqa

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As forças curdas cortaram esta semana a última estrada que ligava Raqqa a Deir-e-Zor Rodi Said/Reuters

Centenas de soldados das forças especiais norte-americanas foram enviados para a Síria para reforçar o apoio aos combatentes sírios e curdos envolvidos na operação contra Raqqa, a autoproclamada capital do Daesh naquele país.

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Centenas de soldados das forças especiais norte-americanas foram enviados para a Síria para reforçar o apoio aos combatentes sírios e curdos envolvidos na operação contra Raqqa, a autoproclamada capital do Daesh naquele país.

“Estamos a falar de um total de mais cerca de 400 soldados, que vai ficar na Síria temporariamente”, confirmou o coronel John Dorrian, porta-voz da coligação internacional liderada pelos EUA contra os jihadistas, explicando que o destacamento é composto por Marines e Rangers.

Estes militares vão juntar-se aos cerca de 500 que já se encontravam na Síria, em missões de apoio às forças Democráticas da Síria (SDF), coligação multiétnica que incluiu as milícias curdas do YPG, apoiada por Washington com o objectivo de combater o Daesh no Norte da Síria.

O grande objectivo é a tomada de Raqqa, numa operação que foi lançada em Novembro e que decorre em simultâneo com a ofensiva, também apoiada pelos EUA, do Exército iraquiano e das forças curdas para capturar Mossul, o maior bastião urbano do califado proclamado pelos jihadistas entre a Síria e o Iraque.

Já esta semana, conta a Reuters, as SDF conseguiram cortar a estrada que liga Raqqa a Deir-e-Zor, cidade junto à fronteira com o Iraque também em mãos dos jihadistas. A operação, garante Dorrian, “está a correr muito, muito bem”, adiantando que a missão dos Marines é aumentar o poder de fogo de artilharia das forças que combatem os jihadistas. Adianta, porém, que só depois de cumprido o objectivo de cercar Raqqa, o que espera poder estar concluído “dentro de semanas, “será tomada a decisão de avançar sobre a cidade”.